Mundo

Paquistaneses e sírio são atacados em Colônia, na Alemanha

Porta-voz do governo disse que os alemães não podem culpar todos os imigrantes que entraram no país no ano passado por ataques do Ano-Novo


	Protesto contra imigração em Colônia: os seis paquistaneses foram atacados no domingo por cerca de 20 pessoas
 (Wolfgang Rattay / Reuters)

Protesto contra imigração em Colônia: os seis paquistaneses foram atacados no domingo por cerca de 20 pessoas (Wolfgang Rattay / Reuters)

DR

Da Redação

Publicado em 11 de janeiro de 2016 às 18h21.

Berlim - A série de ataques contra mulheres no réveillon de Colônia é "inaceitável", disse um porta-voz da chanceler da Alemanha, Angela Merkel, nesta sexta-feira, acrescentando que nada justifica ataques de retaliação contra refugiados.

Merkel propôs facilitar a deportação de imigrantes envolvidos em crimes, e seu porta-voz, Steffen Seibert, enfatizou que o governo está observando "possíveis consequências para a lei criminal e as possíveis consequências políticas dos crimes".

Mas após a polícia de Colônia afirmar que um grupo de paquistaneses e um sírio foram atacados na cidade no domingo, Seibert disse que os alemães não podem culpar todos os imigrantes que entraram no país no ano passado e disse que o governo também se preocupa com o bem-estar dessas pessoas.

"Também estamos fazendo coisas para proteger a grande maioria de refugiados inocentes que fogem de bombas e da guerra em seus países, e que devem receber proteção; eles estão preparados para se adaptarem a nossas regras e valores", disse Seibert.

Os seis paquistaneses foram atacados no domingo por cerca de 20 pessoas. Dois deles foram levados a um hospital, de acordo com a polícia. Também na noite de domingo, cinco pessoas atacaram um homem sírio, que foi levemente ferido.

O oficial da polícia, Norbert Wagner, disse que as autoridades estão tratando esses ataques como crimes xenofóbicos e acredita que os agressores combinaram o ataque em redes sociais.

As agressões no réveillon de Colônia alimentaram as tensões sobre a política de portas abertas da Alemanha para refugiados e motivaram políticos a pedirem por leis mais duras contra imigrantes que cometem crimes.

Na cidade oriental de Leipzig, apoiadores de grupos anti-islâmicos, manifestaram-se contra os imigrantes. Um grupo de pessoas a favor da imigração também se manifestou.

A polícia se recusou a dar uma estimativa do número de manifestantes, mas testemunhas afirmaram que havia cerca de 4 mil pessoas. Fonte: Associated Press.

Acompanhe tudo sobre:Países ricosEuropaImigraçãoMulheresRefugiadosAlemanhaCrimeabuso-sexual

Mais de Mundo

EUA revoga visto de presidente da Colômbia por atos 'incendiários' durante protestos em Nova York

França retoma julgamento da Air France e da Airbus pelo acidente do voo Rio-Paris em 2009

Simpatia entre Lula e Trump não será determinante nas relações entre os países, diz Sérgio Fausto

Pela 1ª vez desde 2018, Coreia do Norte envia delegação de alto nível para a Assembleia Geral da ONU