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Paquistanesa Malala cobra educação para refugiados sírios

Adolescente e outros jovens ativistas desafiaram líderes mundiais a arrecadar US$ 175 milhões para educar 400 mil crianças sírias que estão no Líbano

Gordon Brown, enviado especial da ONU para a educação, com a paquistanesa Malala Yousafzai (Adrees Latif/Reuters)

Gordon Brown, enviado especial da ONU para a educação, com a paquistanesa Malala Yousafzai (Adrees Latif/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 23 de setembro de 2013 às 19h01.

Nova York - A adolescente paquistanesa Malala Yousafzai e outros jovens ativistas desafiaram nesta segunda-feira os líderes mundiais a arrecadar 175 milhões de dólares para educar 400 mil crianças sírias que estão no Líbano fugindo da guerra civil em seu país.

Malala, de 16 anos, se tornou mundialmente conhecida no ano passado depois de ser baleada na cabeça por ativistas do Taliban, inconformados por sua campanha pelo acesso de meninas à educação.

Na companhia de Gordon Brown, enviado especial da Organização das Nações Unidas (ONU) para a educação, ela recebeu do grupo ativista Avaaz um cheque de 1 milhão de dólares para marcar o início de uma campanha de arrecadação para a escolarização de refugiados sírios.

O Unicef, agência da ONU para a infância, estima que 257 mil crianças e adolescentes sírios estejam buscando matrícula no sistema educacional do Líbano em 2013, e que isso deve chegar a 400 mil no ano que vem. No total, há 300 mil alunos matriculados em escolas do Líbano.

"Posso sentir o que está acontecendo na Síria porque é o que nos aconteceu no Paquistão", disse Malala sobre a experiência de ser desabrigada pela violência. Sem condições de segurança para voltar ao seu país, ela atualmente estuda na Grã-Bretanha.

No evento de Nova York, ela conversou com o universitário sírio Farah Haddad, de 20 anos, que estuda nos Estados Unidos e se mobilizou pela causa dos refugiados.

"Quando a guerra tiver terminado, não haverá como trazer os mortos de volta, ou curar os corações das mães na Síria, mas podemos certamente equipar as crianças sírias para lutarem com a Síria quando as bombas pararem de explodir", afirmou.

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