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'Papandreou foi desleal ao convocar plebiscito', diz presidente do Eurogrupo

Jean-Claude Juncker disse que foi 'desleal' o comportamento do premiê grego, George Papandreou, com seus parceiros europeus por convocar um plebiscito sem prévio aviso

Com decisão de Papandreou, a questão agora é se a Grécia permanecerá na zona do euro (David Ramos/Getty Images)

Com decisão de Papandreou, a questão agora é se a Grécia permanecerá na zona do euro (David Ramos/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 3 de novembro de 2011 às 06h19.

Berlim - O presidente do Eurogrupo e primeiro-ministro luxemburguês, Jean-Claude Juncker, qualificou de 'desleal' o comportamento do chefe do governo grego, George Papandreou, com relação a seus parceiros europeus por convocar um plebiscito sem prévio aviso.

'Comunicamos a ele, sem realmente reprová-lo, que seu comportamento é desleal', disse Juncker em declarações à televisão pública alemã 'ZDF' sobre a reunião realizada na noite de ontem em Cannes (França).

Participaram dessa reunião os líderes de França e Alemanha e representantes de UE, FMI, Eurogrupo e Banco Central Europeu (BCE), que decidiram se encontrar depois da decisão de Papandreou de consultar os cidadãos gregos sobre o plano de resgate aprovado na semana passada para seu país.

Juncker ressaltou que 'o Eurogrupo queria ter sido informado durante a recente cúpula da União Europeia sobre a iniciativa do plebiscito', que derrubou bolsas pelo mundo nesta semana.

O chefe do Eurogrupo comentou que durante a reunião de ontem ficou claro a Papandreou que a questão primordial agora é se a Grécia se manterá na zona do euro ou não.

Juncker acrescentou que no plebiscito os cidadãos gregos deverão responder com 'um sim ou um não à zona do euro'.

'Desejamos que a Grécia continue sendo membro, mas não a qualquer preço', comentou o premiê luxemburguês, que lembrou por fim que Atenas deve cumprir os compromissos adquiridos.

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