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Da Redação
Publicado em 12 de maio de 2010 às 18h15.
Atenas - O primeiro-ministro grego, Giorgos Papandreou, declarou hoje em Atenas que além do corte nos gastos públicos é preciso impulsionar o desenvolvimento econômico do país para sair crise que levou a Grécia a pedir ajuda externa para evitar a falência.
Após uma reunião do conselho de ministros, Papandreou reconheceu que "nem tudo se soluciona com um plano de desenvolvimento, mas é preciso aplicar as leis e, em especial, atrair investimentos".
Um projeto de lei será apresentado ao Parlamento nos próximos dias para ser avaliada no fim do mês e compreende certos alívios fiscais e ajudas de crédito para pequenas e médias empresas.
"Devemos criar um ambiente de desenvolvimento", disse Papandreou pouco depois que a Autoridade de Estatísticas Grega (ELSTAT) anunciou que a economia grega se contraiu no primeiro trimestre do ano em 2,3% devido à redução dos investimentos e a uma baixa do consumo privado.
Atenas recebeu hoje mais de 5,5 bilhões de euros do Fundo Monetário Internacional (FMI), a primeira parte das ajudas internacionais para evitar sua quebra.
No total, o país mediterrâneo deve receber 110 bilhões de euros (80 milhões de euros dos países da zona da moeda única) e do FMI (30 bilhões de euros) para fazer frente a suas obrigações nos próximos três anos, em troca de um duro programa de austeridade.
Papandreou destacou hoje que, apesar de ser um mecanismo provisório - para três anos - "sentou as bases para mudanças estruturais profundas, para a coordenação econômica da zona do euro e da UE em geral".