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Papa terá proteção de 20 mil agentes em Jornada da Juventude

Segurança do papa para evento que acontecerá no Rio de Janeiro é preparada para identificar no meio da multidão um autor de uma eventual ação violenta


	Em visita ao Rio, papa terá um enorme dispositivo envolvendo 20 mil agentes, entre os quais de 8,5 mil a 12 mil militares
 (Filippo Monteforte/AFP)

Em visita ao Rio, papa terá um enorme dispositivo envolvendo 20 mil agentes, entre os quais de 8,5 mil a 12 mil militares (Filippo Monteforte/AFP)

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Da Redação

Publicado em 30 de junho de 2013 às 10h38.

São Paulo - A segurança do papa Francisco, um chefe de Estado de risco, está preparada para identificar no meio da multidão o rosto do atentado: a face pálida, a atitude tensa, o traje em desacordo com o clima, um olhar fixo. O "lobo solitário", como é definido nos cenários dos especialistas um autor de uma eventual ação violenta contra o pontífice, é a maior preocupação do grandioso esquema de segurança da Jornada Mundial da Juventude (JMJ), a ser realizada no Rio, entre os dias 23 e 28 de julho.

Um enorme dispositivo envolvendo 20 mil agentes, entre os quais de 8,5 mil a 12 mil militares, foi mobilizado para o esquema montado pelo Ministério da Defesa e a Secretaria Extraordinária de Grandes Eventos (Sesge) do Ministério da Justiça.

O contingente terá à disposição recursos como helicópteros armados, ao menos dois caças supersônicos F-5M, aviões de ataque leve A-29 Super Tucano, um avião de inteligência R-99 e um Vant, a aeronave não tripulada, que fará reconhecimento de áreas como o gigantesco Campus Fidei, onde serão realizados a Vigília da noite de sábado, dia 27, e a Missa do domingo, dia 28. Nas duas celebrações são esperados de 1,5 milhão a 2 milhões de jovens fiéis.

Em terra, haverá blindados armados e de transporte de tropa, distribuídos de maneira discreta e sem interferir na rotina prevista para o Rio durante a Jornada. No total, cerca de 300 veículos de diversos tipos estarão no Rio e em Aparecida, para onde Francisco irá no dia 24.

O Comando da Marinha participa fazendo o contr0le da faixa marítima. O plano da Força ainda está sendo definido, mas deve ter um navio - provavelmente um dos três novos patrulheiros da classe Amazonas, ou uma fragata da série Niterói, armada com mísseis, canhões e torpedos - e lanchas rápidas. O tráfego de embarcações na Baía da Guanabara será monitorado, com previsão de abordagem para a inspeção. Os fuzileiros navais estão no programa.

A empreitada foi inspirada no plano criado para dar garantia à reunião Rio+20, em 2012, e está integrada ao projeto de acontecimentos internacionais iniciado com a Conferência da ONU e que só termina em 2016, com a realização dos Jogos Olímpicos. São estimados investimentos de R$ 710 milhões. Já foram liberados R$ 640 milhões para o custei0 direto. A missão do Papa e JMJ começa no dia 15 e deve terminar em 5 de agosto.

Hospital de campanha. As tarefas foram divididas entre polícias, locais e federal, mais as Forças Armadas. Caberá aos civis determinados cuidados, como acompanhar o movimento de chegada dos peregrinos e autoridades estrangeiras. Trânsito, segurança direta dos chefes de Estado e as escoltas também estão sob a responsabilidade da polícia do Rio e da PF.

O pessoal da Defesa vai trabalhar nas atividades da Base Aérea do Galeão, nos controles do espaço e do mar "e, sobretudo, na prevenção e combate ao terrorismo", segundo o general Jamil Megid. Esse é um tema delicado. Ele não confirma o deslocamento de equipes das Forças Especiais, de Goiânia, embora admita que haja "equipes localizadas" no Rio e em Aparecida na condição de alerta.

O papa vai se encontrar com a presidente Dilma Rousseff em Copacabana, no dia 26. Da agenda de Francisco constam visitas a um hospital e à Quinta da Boa Vista. Os coordenadores da programação consideram a possibilidade de que governantes da região, como a presidente Cristina Kirchner, da Argentina, Juan Santos, da Colômbia, e Nicolas Maduro, da Venezuela, possam comparecer à JMJ.

O grupo militar vai usar uma ponte metálica para facilitar o acesso ao Campus Fidei de Guaratiba e um hospital móvel para atender emergências. No ar, o Vant da FAB vai vigiar tudo em um raio de 250 km, com sistema de visão noturna e lentes de alta resolução. Pode permanecer em voo por até 16 horas. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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