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Papa reza por "solução com dois estados" em Jerusalém

"Neste dia da festa, invocamos o Senhor pedindo paz para Jerusalém e para toda a Terra Santa", disse o papa

Papa Francisco: ele já condenou publicamente, em várias ocasiões, a violência contra as mulheres (REUTERS/Alessandro Bianchi/Reuters)

Papa Francisco: ele já condenou publicamente, em várias ocasiões, a violência contra as mulheres (REUTERS/Alessandro Bianchi/Reuters)

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AFP

Publicado em 25 de dezembro de 2017 às 12h32.

O papa Francisco pediu nesta segunda-feira (25) "paz para Jerusalém e toda a Terra Santa" e rezar para alcançar "uma solução negociada que permita a coexistência pacífica de dois Estados" em sua tradicional mensagem Urbi et Orbi de Natal.

Do balcão da basílica de São Pedro, o papa declarou que "neste dia da festa, invocamos o Senhor pedindo paz para Jerusalém e para toda a Terra Santa".

"Vemos Jesus nas crianças do Oriente Médio, que continuam a sofrer por causa do agravamento das tensões entre israelenses e palestinos", ressaltou o pontífice argentino.

"Rezemos para que entre as partes envolvidas prevaleça a vontade de retomar o diálogo e, finalmente, chegar a uma solução negociada, permitindo a coexistência pacífica de dois Estados", acrescentou.

"Que o Senhor também sustente os esforços de todos aqueles membros da comunidade internacional, movidos de boa vontade, desejam ajudar essa terra martirizada a encontrar o entendimento, a justiça e a segurança que espera há tanto tempo".

Após a decisão do presidente americano Donald Trump de reconhecer a Cidade Santa de Jerusalém como a capital de Israel, o papa fez um apelo recentemente ao "respeito do status quo", em conformidade com as resoluções das Nações Unidas.

A decisão de Trump provocou manifestantes quase diárias nos Territórios Palestinos e obscureceu a festa de Natal para os cristãos palestinos.

Em sua mensagem proferida diante de milhares de fiéis, Francisco alertou contra "os ventos da guerra" e um "modelo de desenvolvimento caduco que segue provocando degradação humana, social e ambiental".

Ele evocou as crianças sírias "marcadas pela guerra", dizendo esperar que a Síria "encontre a dignidade de cada pessoa", comprometendo-se a "restabelecer o tecido social independentemente do pertencimento étnico e religioso".

Francisco falou do Iraque, "ainda ferido e dividido pelas hostilidades", e do Iêmen, "onde acontece um conflito em grande parte esquecido", enquanto a população sofre com a fome e doenças.

"Vemos Jesus em todas as crianças das zonas do mundo onde a paz e a segurança são ameaçadas pelo perigo das tensões e de novos conflitos", disse o papa, antes de se referir à situação na Venezuela, onde pediu um "diálogo sereno".

Também fez um apelo "à confiança recíproca" na península coreana, dizendo rezar "para que as divergências possam ser superadas".

No domingo, a Coreia do Norte chamou de "ato de guerra" as novas sanções adotadas pelo Conselho de Segurança da ONU, reafirmando que elas não vão dissuadir o governo de continuar com seus programas nuclear e balístico.

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