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Papa recebe pela primeira vez vítimas de padres pedófilos

O pontífice recebeu pela primeira vez no Vaticano seis vítimas de padres pedófilos


	Papa Francisco: pontífice recebeu dois britânicos, dois alemães e dois irlandeses
 (AFP/Getty Images)

Papa Francisco: pontífice recebeu dois britânicos, dois alemães e dois irlandeses (AFP/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 7 de julho de 2014 às 08h52.

Cidade do Vaticano - O papa Francisco recebeu pela primeira vez no Vaticano seis vítimas de padres pedófilos, anunciou nesta segunda-feira a assessoria de comunicação da Santa Sé.

O pontífice recebeu dois britânicos, dois alemães e dois irlandeses que sofreram abusos sexuais de religiosos.

O encontro aconteceu na residência privada de Francisco no Vaticano, a Casa Santa Marta, onde ele mora desde sua eleição como pontífice em março de 2013.

A reunião foi anunciada pelo próprio Francisco no dia 26 de maio, durante o voo que o transportou para Roma após uma viagem ao Oriente Médio.

As vítimas assistiram à missa que o bispo de Roma preside na capela de sua residência e depois aconteceu o encontro privado.

Os nomes das pessoas presentes não serão divulgados, segundo o Vaticano.

Francisco se comprometeu desde o início a lutar contra a pedofilia e criou uma comissão para a proteção da infância, que tem entre seus integrantes uma vítima, a irlandesa Mary Collins.

Apesar dos gestos, as associações de vítimas consideram que a Igreja não está fazendo todo o possível para impedir que padres abusem sexualmente de menores de idade em todo o mundo.

Um grupo de ativistas mexicanos enviou na quinta-feira uma carta ao papa Francisco na qual pede "decisões estruturais" para acabar com os "padres abusadores".

As vítimas pedem que as boas intenções manifestadas pelo papa virem normas específicas, explicou José Barba, ex-membro dos Legionários de Cristo, de 75 anos.

Barba foi vítima de Marcial Maciel, o falecido fundador da poderosa congregação, protagonista do maior escândalo de pedofilia da instituição, que recebeu durante décadas a proteção de João Paulo II.

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