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Papa pede que mundo tome medidas decisivas na crise dos rohingyas

Líder católico elogiou Bangladesh por acolher os refugiados que atravessaram a fronteira fugindo da violência em seu estado nativo de Rakhine

Papa Francisco, sobre rohingyas: "é imperativo que a comunidade internacional tome medidas decisivas para esta grave crise" (Max Rossi/Reuters)

Papa Francisco, sobre rohingyas: "é imperativo que a comunidade internacional tome medidas decisivas para esta grave crise" (Max Rossi/Reuters)

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AFP

Publicado em 30 de novembro de 2017 às 12h12.

O Papa Francisco pediu nesta quinta-feira que medidas decisivas sejam tomadas pela comunidade internacional para a crise dos refugiados rohingyas, no início de sua visita a Bangladesh, onde mais de 600 mil desta minoria muçulmana encontraram abrigo fugindo da violência em Mianmar.

"É imperativo que a comunidade internacional tome medidas decisivas para esta grave crise, não apenas trabalhando para resolver as questões políticas que levaram ao deslocamento em massa desse povo, como também oferecendo assistência material imediata a Bangladesh em seu esforço de responder eficientemente às urgentes necessidades humanas", afirmou o Papa em seu discurso.

Francisco fez essas afirmações logo depois de chegar de Mianmar. Ele elogiou Bangladesh por acolher os refugiados que atravessaram a fronteira fugindo da violência em seu estado nativo de Rakhine.

Mas, em Mianmar, sua santidade diplomaticamente evitou usar a palavra rohingya, referindo-se apenas aos "refugiados do estado de Rakhine".

O Papa preferiu não se referir ao nome em Myanmar para não provocar a ala radical budista e assim arriscar fazer da comunidade católica do país um alvo de ataques.

"Nenhum de nós pode ignorar a gravidade da situação, o imenso sofrimento humano envolvido e as condições de vida precárias de tantos irmãos e irmãs, a maioria de mulheres e crianças, amontoados nos campos de refugiados", afirmou o Papa.

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