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Papa pede que estereótipos em relação ao Islã sejam evitados

Em encontro de centro de estudos islâmicos, pontífice afirmou que 'o melhor antídoto contra toda forma de violência' é a concepção da 'diferença como riqueza'.


	Papa Francisco
 (Stefano Rellandini/Reuters)

Papa Francisco (Stefano Rellandini/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 24 de janeiro de 2015 às 12h12.

Cidade do Vaticano - O papa Francisco advogou neste sábado por evitar 'os esteriótipos e os preconceitos' em relação ao Islã e lembrou que 'o melhor antídoto contra toda forma de violência' é a concepção da 'diferença como riqueza e fecundidade'.

O pontífice se expressou deste modo durante uma audiência com os participantes de um encontro promovido pelo Pontifício Instituto para os Estudos Árabes e Islâmico (PISAI).

Francisco defendeu esta instituição ao dizer que 'não se limita a aceitar os argumentos superficiais, que dão lugar a estereótipos e preconceitos', mas 'nos aproxima do outro sem levantar o pó que nubla a vista'.

'O trabalho acadêmico vai às fontes, cumula as lacunas, analisa a etimologia, propõe uma hermenêutica do diálogo e, mediante uma aproximação científica inspirada no estupor e na maravilha, é capaz de não perder a bússola do respeito mútuo e da estima recíproca', disse o pontífice.

'Talvez nunca como agora seja advertida tal necessidade, porque o antídoto mais eficaz contra toda forma de violência é educar a descobrir e aceitar a diferença como riqueza e fecundidade'.

Franscico apontou que nos últimos anos e 'apesar de algumas incompreensões e dificuldades', houve avanços nas relação com o Islã e para isso foi 'essencial escutar'.

'Isto não é só uma condição necessária em processo de compreensão recíproca ou de convivência pacífica, mas também é um dever pedagógico que nos permite reconhecer os valores dos outros, de compreender as preocupações que acompanham seus pedidos, de fazer aparecer as convicções comuns', lembrou.

O diálogo com o Islã exige, segundo o papa, 'paciência e humildade', além de 'um estudo profundo' pois 'a improvisação pode ser contraproducente e inclusive causar mal-estar'.

Também é importante comparecer ao 'encontro', o que produz que quando nos aproximamos a outros fiéis nos questionemos nossa própria espiritualidade.

'Disto se gera o primeiro conhecimento sobre o outro. Se, além disso, se parte da ideia do comum pertinência à natureza humana, se podem superar os preconceitos e as falsidades e se começará a compreender ao outro com uma nova perspectiva', afirmou.

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