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Papa pede fim da guerra na Síria, que já dura dez anos

A guerra na Síria, que está entrando em seu décimo primeiro ano, deixa quase 400 mil mortos

Violência no noroeste da Síria deixou 520 mil deslocados em dois meses (Yamam Al Shaar/Reuters)

Violência no noroeste da Síria deixou 520 mil deslocados em dois meses (Yamam Al Shaar/Reuters)

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AFP

Publicado em 14 de março de 2021 às 10h07.

O papa Francisco pediu neste domingo (14) para "baixar as armas" na Síria e "reconstruir o tecido social", com motivo do décimo aniversário da guerra mortal que abala o país.

"Renovo meu mais sincero apelo às partes em conflito para que dêem exemplos de boa vontade, para que se abra um raio de esperança para a população exausta", suplicou o papa após a tradicional oração do Angelus na praça de São Pedro.

"Espero também um compromisso construtivo, decisivo e renovado de solidariedade por parte da comunidade internacional para que, uma vez depostas as armas, seja possível reconstruir o tecido social e iniciar a reconstrução e a recuperação econômica", acrescentou.

O pontífice lamentou que dez anos do "sangrento conflito na Síria" geraram "um dos maiores desastres humanitários dos nossos tempos: um número indeterminado de mortos e feridos, milhões de refugiados, milhares de desaparecidos, destruição, violência de todo tipo, sofrimento desumano para toda a população, principalmente para os mais vulneráveis como as crianças, as mulheres e os idosos".

A guerra na Síria, que está entrando em seu décimo primeiro ano, deixa ao menos 388.652 mortos, informou neste domingo o Observatório Sírio de Direitos Humanos (OSDH).

O papa Francisco, que acaba de realizar uma visita histórica ao Iraque, não planeja visitar a Síria, mas pede frequentemente um cessar-fogo neste país "martirizado".

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