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Papa pede coragem contra "agnosticismo intolerante"

O papa e a Igreja vêm sofrendo um ataque crescente por causa da oposição ao casamento homossexual e a sacerdotes mulheres


	A pontífice de 85 anos de idade rezou uma missa no dia que o cristãos ocidentais celebram a Epifania
 (©afp.com / Alberto Pizzoli)

A pontífice de 85 anos de idade rezou uma missa no dia que o cristãos ocidentais celebram a Epifania (©afp.com / Alberto Pizzoli)

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Da Redação

Publicado em 6 de janeiro de 2013 às 11h01.

 O papa Bento XVI disse neste domingo que os líderes católicos devem ter coragem para enfrentar os ataques de "agnosticismo intolerante" que prevalece em muitos países.

O papa e a Igreja vêm sofrendo um ataque crescente por causa da oposição ao casamento homossexual e a sacerdotes mulheres. O papa tem repetidamente denunciado o que ele diz serem tentativas de separar a religião do debate público.

A pontífice de 85 anos de idade rezou uma missa no dia que o cristãos ocidentais celebram a Epifania, e ordenou quatro arcebispos novos, incluindo seu secretário pessoal.

Em uma missa para cerca de 10.000 pessoas na Basílica de São Pedro, no Vaticano, ele rejeitou firmemente as sugestões de que a Igreja deveria mudar para se adequar à opinião pública.

"Qualquer um que vive e proclama a fé da Igreja está em muitos pontos fora de sintonia com a forma predominante de pensar", disse ele. "A aprovação da sabedoria predominante, no entanto, não é o critério a que nos submetemos".

Nos Estados Unidos, um grupo começou uma petição no site da Casa Branca, no mês passado, pedindo ao governo do presidente Barack Obama para listar a Igreja Católica como um "grupo de ódio" por causa de sua oposição ao casamento gay.

"O agnosticismo reinante hoje tem seus próprios dogmas e é extremamente intolerante em relação a qualquer coisa que possa questioná-lo e aos critérios que utiliza", disse o papa.

"Por isso, a coragem de contrariar a mentalidade prevalecente é particularmente urgente para um bispo hoje. Ele deve ser corajoso", disse ele.

O papa ordenou os novos arcebispos em uma cerimônia com a presença de primeiro-ministro italiano, Mario Monti, colocando as mãos sobre as cabeças dos quatro homens e os ungindo com o óleo para simbolizar a transmissão da autoridade episcopal.


O mais conhecido dos quatro novos arcebispos é o secretário particular do pontífice, monsenhor Georg Ganswein, que tem sido a pessoa mais próxima de Bento 16 desde a sua eleição em 2005, como líder de 1,2 bilhões de católicos romanos no mundo.

Ganswein, de 56 anos, um alemão como o papa, foi promovido no mês passado ao cargo de prefeito da Casa Pontifícia, uma posição que irá aumentar significativamente sua relevância à medida que o papa fica mais velho e mais frágil.

Como prefeito, Ganswein, que já é uma das figuras mais conhecidas e poderosas na corte papal, irá organizar todas as audiências públicas e privadas do papa, assim como a sua agenda.

Como ele também deve manter seu emprego como secretário particular do papa, Ganswein terá ainda mais poder para decidir quem tem acesso ao pontífice.

Ganswein era o superior imediato de Paolo Gabriele, o ex-mordomo papal que foi condenado por roubar documentos confidenciais e entregá-los para a mídia.

O atual secretário foi a pessoa que confrontou Gabriele sobre o desaparecimento dos papéis. Gabriele foi perdoado pelo papa no mês passado depois de ter sido condenado a 18 meses de prisão por roubo agravado.

Os outros novos arcebispos são Angelo Vincenzo Zani, um italiano no departamento do Vaticano para a Educação Católica, Nwachukwu Fortunato, um nigeriano que se torna embaixador do Vaticano para a Nicarágua, e Nicolas Thevenin, um francês que se torna embaixador na Guatemala.

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