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Papa pede a jogadores que propaguem cultura do reencontro

A partida inter-religiosa pela paz, desejada pelo papa Francisco, foi disputada ontem no Estádio Olímpico de Roma

Papa Francisco junto a jogadores que participaram da partida inter-religiosa pela paz (Osservatore Romano/Reuters)

Papa Francisco junto a jogadores que participaram da partida inter-religiosa pela paz (Osservatore Romano/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 2 de setembro de 2014 às 09h31.

Cidade do Vaticano - De um lado Maradona, Buffon e Baggio; do outro Zanetti, Del Piero e Trezeguet... A "partida inter-religiosa pela paz", desejada pelo papa Francisco para propagar "a cultura do reencontro", foi disputada nesta segunda-feira no Estádio Olímpico de Roma em um ambiente de alegria.

Horas antes do jogo, o papa Francisco deu sua benção à partida e exaltou as estrelas de um esporte capaz de transcender religiões e superar diferenças.

Francisco pronunciou tais palavras em um encontro no Vaticano com um grupo de antigos craques e estrelas em atividade do futebol, incluindo o argentino Diego Maradona.

"Lealdade, compartilhar, receber, o diálogo e a confiança no outro", foram os valores que o papa pediu aos jogadores para transmitir ao Mundo, antes da disputa da partida em Roma.

"O futebol é um exemplo de coexistência que permite excluir toda discriminação de raça, língua e religião", insistiu o papa Francisco em seu discurso aos jogadores no Vaticano.

Mais fotografado que o papa, Maradona chegou com um grupo de quase 30 pessoas e ofereceu ao Santo Padre uma camisa da seleção argentina, antes de abraçá-lo.

"Temos um grande representante. Isto nos enche de orgulho, a todos os argentinos, porque o papa é humano, pode ser tocado, abraçado. O outro (João Paulo II), tive que beijar o anel", disse Maradona em entrevista após o encontro.

"Este (papa) me deu um abraço, como poderia abraçar vocês", destacou Maradona.

No Estádio Olímpico, o papa apareceu apenas em vídeo, enquanto a cantora argentina Tini Stoessel interpretou 'Imagine', de John Lennon, cercada por 50 meninas no centro do campo.

Representantes de todas as religiões plantaram uma oliveira, símbolo da paz, como pediu o papa, antes de um abraço caloroso entre os jogadores das duas equipes.

Arsene Wenger, técnico do Arsenal, e Gerardo 'Tata' Martino, novo treinador da seleção argentina, foram encarregados de dirigir as equipes.

O time de Alessandro Del Piero, David Trézéguet e Javier Zanetti derrotou a equipe de Maradona, Roberto Baggio e Gianluigi Buffon por 6 a 3.

O amistoso foi organizado pelo ex-jogador argentino Javier Zanetti, um fervente católico, que já foi recebido pelo papa em 2013. "É uma nova aposta do papa pela paz".

Os jogadores que participaram da partida firmaram um "manifesto" em favor de valores como a paz, a tolerância religiosa e o diálogo.

A renda do jogo irá para um projeto educativo promovido pelo papa Francisco em Buenos Aires, "Uma alternativa de vida", que apoia as crianças desfavorecidas.

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