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Papa pede a cardeais que não comemorem nomeação com festas

Pontífice pediu aos novos cardeais que não encarem as nomeações como uma promoção

Papa Francisco é cumprimentado por embaixadores durante encontro com o corpo diplomático no Vaticano (Andrew Medichini/Reuters)

Papa Francisco é cumprimentado por embaixadores durante encontro com o corpo diplomático no Vaticano (Andrew Medichini/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 13 de janeiro de 2014 às 17h09.

Cidade do Vaticano - O papa Francisco pediu aos 19 homens que serão elevados ao título de cardeal que não encarem sua nomeação como uma promoção e não desperdicem dinheiro com festas de comemoração.

Francisco, que faz da humildade e da pobreza as marcas de seu papado e alerta contra o carreirismo na Igreja Católica Romana, anunciou no domingo os nomes dos 19 homens, provenientes de 12 países, entre eles o arcebispo do Rio de Janeiro, dom Orani Tempesta.

Em uma carta a cada um deles, divulgada pelo Vaticano nesta segunda-feira, o pontífice nascido na Argentina disse que eles não deveriam permitir que a nomeação subisse à cabeça.

"Ser um cardeal não é uma promoção ou uma honra ou condecoração, é simplesmente um serviço", afirmou ele na carta.

Francisco disse a eles que não deveriam reagir fazendo algo que lembre a "alta sociedade ou celebrações que nada têm a ver com o espírito do evangelho da austeridade, sobriedade e pobreza".

No passado, alguns prelados comemoraram sua ascensão ao posto de cardeal com recepções suntuosas em suas dioceses ou em Roma.

Francisco, ex-arcebispo de Buenos Aires, está dando o exemplo. Ele renunciou aos espaçosos apartamentos papais no Palácio Apostólico usado por seus antecessores e vive em um pequeno apartamento em uma casa que recebe os convidados do Vaticano.

Ele usa o palácio somente para receber chefes de Estado e para falar às multidões da janela que dá para a Praça São Pedro.

Francisco também renunciou à limusine papal e trafega pela região de Roma em um Ford Focus, algumas vezes sentado no banco ao lado do motorista.

Os cardeais serão formalmente nomeados em uma cerimônia em 22 de fevereiro, conhecida como consistório. Dezesseis deles têm menos de 80 anos e, portanto, terão o direito de votar no eventual sucessor de Francisco. Os outros três serão designados cardeais eméritos, sem direito a voto, por seu serviço à Igreja.

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