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Papa nomeia primeira mulher para alto posto diplomático no Vaticano

A italiana Francesca Di Giovanni, de 66 anos, assumirá um cargo criado recentemente em uma divisão conhecida como Seção de Relações com Estados

Papa Francisco: mulheres tradicionalmente foram relegadas às sombras da gestão da Igreja Católica (Remo Casilli/Reuters)

Papa Francisco: mulheres tradicionalmente foram relegadas às sombras da gestão da Igreja Católica (Remo Casilli/Reuters)

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Reuters

Publicado em 15 de janeiro de 2020 às 17h34.

Cidade do Vaticano — O papa Francisco nomeou nesta quarta-feira a primeira mulher para ocupar um alto posto no Secretariado de Estado, órgão dominado por homens e que é o centro nervoso diplomático e administrativo do Vaticano.

A leiga italiana Francesca Di Giovanni, de 66 anos, assumirá um cargo criado recentemente em uma divisão conhecida como Seção de Relações com Estados onde ela será subsecretária, na prática um dos dois postos de vice-ministro.

A Igreja Católica Romana permite apenas a ordenação de homens como padres e as mulheres tradicionalmente foram relegadas às sombras da gestão da Igreja.

No entanto, grupos de mulheres, incluindo a União Internacional de Superioras-Gerais, um grupo de freiras católicas, tem pedido há muito que o papa indique mais mulheres para altos cargos na burocracia do Vaticano.

Elas citam dados que mostram que mais da metade dos 1,3 bilhão de católicos do mundo são mulheres e que o número de membros em ordens religiosas femininas é cerca de três vezes maior do que nas ordens masculinas.

Um comunicado do Vaticano que confirma a nomeação de Di Giovanni afirma que ela cuidará das relações multilaterais no secretariado, onde trabalha desde 1993. Ela é uma especialista em lei internacional e em direitos humanos.

O Vaticano, um Estado soberano cravado em Roma, tem relações com mais de 180 países.

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