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Papa nomeia pela 1ª vez uma mulher para gabinete chave da igreja

Freira italiana reforça a tendência do Papa Francisco de ampliar a presença feminina no Vaticano

Papa Francisco nomeia Simona Brambilla como primeira mulher prefeita de Dicastério no Vaticano (Filippo MONTEFORTE / AFP/AFP)

Papa Francisco nomeia Simona Brambilla como primeira mulher prefeita de Dicastério no Vaticano (Filippo MONTEFORTE / AFP/AFP)

EFE
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Agência de Notícias

Publicado em 6 de janeiro de 2025 às 17h31.

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O papa Francisco nomeou nesta segunda-feira a freira italiana Simona Brambilla como prefeita do Dicastério para a Vida Consagrada e as Sociedades de Vida Apostólica. Essa nomeação marca a primeira vez que uma mulher ocupa um cargo de tal nível na estrutura da Cúria Romana, informou a sala de imprensa da Santa Sé e o portal oficial “Vatican News”.

Brambilla, de 59 anos, já atuava como secretária do mesmo Dicastério desde 2023 e foi anteriormente superiora geral na Itália das Irmãs Missionárias da Consolata. O portal “Vatican News” destacou que a nomeação “aumenta o número de mulheres em posições de relevância no Vaticano”.

Dicastérios: o papel central na administração do Vaticano

Na estrutura estatal do Vaticano, os Dicastérios equivalem a ministérios e desempenham funções administrativas essenciais. Formam a base da Cúria Romana, um conjunto de instituições que gere a administração do Vaticano e da Igreja Católica globalmente.

Simona Brambilla assumirá o cargo com o apoio do cardeal espanhol Angel Fernandez Artime, nomeado pró-prefeito do Dicastério neste domingo. Ela sucede o cardeal brasileiro João Braz de Aviz, que liderava o órgão desde 2011.

A ampliação do espaço feminino na Igreja

A nomeação reflete a tendência do pontificado de Francisco em promover mulheres para cargos de destaque dentro do Vaticano. Este movimento tem sido um pedido recorrente em encontros como o Sínodo, onde se discutiu a maior presença e responsabilidade feminina na Igreja.

Apesar disso, algumas questões, como o diaconato feminino, ainda enfrentam resistência. O papa declarou que a ordenação de mulheres é uma questão que “ainda não está madura” e que precisa de maior debate entre os diferentes setores da Igreja.

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