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Papa nomeia comissão de combate à pedofilia

Entre os membros está uma vítima irlandesa de abusos


	Papa Francisco cumprimenta crianças: foi nomeada neste sábado a comissão que vai combater a pedofilia
 (Giampiero Sposito/Reuters)

Papa Francisco cumprimenta crianças: foi nomeada neste sábado a comissão que vai combater a pedofilia (Giampiero Sposito/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 22 de março de 2014 às 13h30.

Cidade do Vaticano - O papa Francisco nomeou neste sábado (22) os primeiros oito membros da Comissão de Proteção às Crianças, órgão instituído por ele para combater a pedofilia. O grupo é formado por quatro homens e quatro mulheres, incluindo o cardeal norte-americano Sean O'Malley e uma vítima de abusos, a irlandesa Marie Collins.

Também fazem parte dessa formação inicial -- que deve ser aumentada -- a francesa Catherine Bonnet, especialista em psicologia e psiquiatria; a inglesa Sheila Hollins, professora de psiquiatria; o jurista italiano Claudio Papale; a ex-primeira-ministra da Polônia Hanna Suchocka; o jesuíta argentino Humberto Miguel Yáñez; e o jesuíta alemão Hans Zollner, decano da faculdade de psicologia da Universidade Gregoriana.

"O dever principal dessas pessoas será preparar o estatuto da comissão, onde estarão definidas suas funções e competências. Esse grupo ainda será integrado por outros membros, de várias partes do mundo", diz um comunicado divulgado pela Santa Sé.

A comissão terá o dever de informar a situação das crianças que sofreram abuso, sugerir medidas para serem adotadas e propor nomes de pessoas adequadas para a implantação sistemática destas novas iniciativas, incluindo laicos, religiosos e religiosas que tenham experiência no contato com as vítimas e na aplicação de leis que protejam os menores de idade.

O grupo também deve instituir protocolos de segurança, códigos de conduta, o controle de antecedentes criminais e avaliações psiquiátricas para o ministério sacerdotal, além de colaborar com as autoridades civis para a identificação de possíveis crimes.

Recentemente, a Organização das Nações Unidas (ONU) divulgou um relatório em que acusa a Santa Sé de permitir o abuso sexual de milhares de crianças e de ser conivente com os responsáveis.

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