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Papa mostra preocupação com "teste militar" da Coreia

Francisco se referia ao alegado teste de lançamento de uma bomba de hidrogênio realizada pelo governo da Coreia do Norte na quarta-feira


	Papa Francisco: além do teste nuclear da Coreia do Norte, ele também citou "os graves desacordos que surgiram na região do Golfo Pérsico"
 (Giuseppe Cacace/REUTERS)

Papa Francisco: além do teste nuclear da Coreia do Norte, ele também citou "os graves desacordos que surgiram na região do Golfo Pérsico" (Giuseppe Cacace/REUTERS)

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Da Redação

Publicado em 11 de janeiro de 2016 às 09h40.

Cidade do Vaticano - O papa Francisco expressou nesta segunda-feira sua preocupação com o "teste militar realizado na península coreana", durante o tradicional discurso de início de ano dirigido aos embaixadores credenciados na Santa Sé.

Francisco se referia ao alegado teste de lançamento de uma bomba de hidrogênio realizada pelo governo da Coreia do Norte na quarta-feira.

No discurso aos 180 diplomatas credenciados, Francisco explicou que "o ano que acaba de começar se apresenta cheio de desafios e já apareceram muitas tensões no horizonte".

Além do teste nuclear da Coreia do Norte, ele também citou "os graves desacordos que surgiram na região do Golfo Pérsico".

Mas o papa dedicou uma parte do discurso a palavras de alento, ao lembrar "o clima pacífico de convivência das recentes eleições na República Centro-Africana" e "as novas iniciativas iniciadas no Chipre, para resolver uma divisão que dura já muito tempo".

Além disso recebeu "com esperança" o que definiu como "passos importantes que a comunidade internacional deu para encontrar uma solução política e diplomática à crise na Síria", assim como na Líbia.

E celebrou o pacto nuclear que resultou na redução das capacidades nucleares iranianas e o acordo sobre a mudança climática assinado na cúpula de Paris (COP21).

O papa desejou que este ano, em que a Igreja celebra o Jubileu da Misericórdia, "seja também uma ocasião para o diálogo e a reconciliação que ajude à construção do bem comum no Burundi, na República Democrática do Congo e no Sudão do Sul".

O papa manifestou sua confiança de que em 2016 "se ponha definitivamente fim ao conflito nas regiões orientais da Ucrânia".

"É fundamental o apoio que, desde muitos pontos de vista, a comunidade internacional, os estados e as organizações humanitárias podem oferecer ao país para que supere a atual crise", destacou.

Outra das esperanças expressadas pelo papa é que neste novo ano "se fechem as profundas feridas que dividem israelenses e palestinos, e que se alcance a convivência pacífica entre dois povos que, no fundo de seus corações, tenho certeza, não desejam outra coisa além da paz".

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