Bento XVI abençoa fiéis da janela de seu apartamento no Vaticano: o Papa convocou os cristãos a "testemunhar sem medo, com coragem e determinação de (sua) fé" (©afp.com / Alberto Pizzoli)
Da Redação
Publicado em 26 de dezembro de 2012 às 12h38.
Roma - O papa Bento XVI convocou nesta quarta-feira durante a celebração do Ângelus pelo dia de Santo Estevão a "apoiar" e a "encorajar" os cristãos perseguidos no mundo, um dia após um novo ataque cometido contra uma igreja na Nigéria.
"Que a intercessão de Santo Estevão, fiel ao Senhor até o fim, apoie os cristãos perseguidos e que nossa oração os encoraje", disse o Papa após o Ângelus dirigindo-se aos peregrinos francófonos.
Na Nigéria, homens armados atacaram durante a missa do Galo uma igreja no povoado de Peri (nordeste), matando seis fiéis, entre eles o sacerdote, antes de incendiar o edifício. Na terça-feira, durante sua bênção de Natal, Bento XVI desejou "o retorno da paz na Nigéria, onde cruéis atentados terroristas continuam causando vítimas, particularmente entre os cristãos".
Diante de uma multidão reunida nesta quarta-feira na Praça de São Pedro, sob um céu cinza, o Papa convocou os cristãos a "testemunhar sem medo, com coragem e determinação de (sua) fé".
Joseph Ratzinger ressaltou que "os crentes chamados a dar testemunho em circunstâncias difíceis e perigosas não serão abandonados, nem deixados indefesos".
Para Bento XVI, os cristãos devem seguir o exemplo do primeiro mártir da Igreja católica na origem de uma "era nova, a do amor (...) que derruba as barreiras entre os homens, os torna irmãos reconciliando-os pelo perdão, dado e recebido".
O Papa desejou que "se multipliquem, neste Ano da fé, os homens e mulheres que, como Santo Estevão, sabem dar um testemunho convencido e valente de Jesus".
Segundo Bento XVI, Santo Estevão também é "um modelo para todos aqueles que querem se colocar a serviço da Nova Evangelização" nos países de raízes cristãs, mas que vivem uma forte secularização.
"Demonstra que a novidade do anúncio (do Evangelho) não consiste em priorizar a utilização de métodos e de técnicas originais", considerou Bento XVI.