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Papa irá supervisionar questões de imigração do Vaticano

Em um documento o papa disse que irá fundir quatro escritórios do Vaticano em um "Dicastério para o Serviço do Desenvolvimento Humano Integral"


	Imigração: o pontífice irá supervisionar o trabalho sobre a imigração e os refugiados
 (Filippo Monteforte / Reuters)

Imigração: o pontífice irá supervisionar o trabalho sobre a imigração e os refugiados (Filippo Monteforte / Reuters)

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Da Redação

Publicado em 31 de agosto de 2016 às 12h57.

Roma - O papa Francisco anunciou nesta quarta-feira grandes mudanças na burocracia do Vaticano, reduzindo o número de escritórios e dando a si mesmo a responsabilidade direta pelas questões a respeito da imigração, em continuação a um esforço de reforma que prometeu ao ser eleito mais de três anos atrás.

Em um documento conhecido como Motu Proprio, "por sua própria iniciativa" em latim, o papa disse que irá fundir quatro escritórios do Vaticano em um "Dicastério para o Serviço do Desenvolvimento Humano Integral" a partir de 1º de janeiro.

Quando eleito em 2013, Francisco se comprometeu a sanear a burocracia da igreja católica, abalada por escândalos e acusações de ganância e corrupção. Ele afirmou querer "uma igreja pobre" que sirva aos pobres.

O pontífice irá supervisionar o trabalho sobre a imigração e os refugiados dentro do novo dicastério, ou departamento, que irá absorver os escritórios de Justiça e Paz, Desenvolvimento Humano e Cristão, Imigração e Agentes de Saúde.

O dicastério irá liderar o trabalho humanitário da igreja em todo o mundo, inclusive a supervisão de fundos destinados a instituições de caridade, tendo por foco "imigrantes, necessitados, doentes, excluídos e marginalizados, aprisionados e desempregados, assim como vítimas de conflitos armados, desastres naturais e todas as formas de escravidão e tortura", escreveu o papa.

Francisco irá assumir o controle da imigração "temporariamente" porque "não pode haver um serviço para o desenvolvimento humano integral sem se prestar atenção especial para o fenômeno da imigração".

Tem sido frequente o líder dos 1,2 bilhão de católicos do mundo sair em defesa dos refugiados e exortar as paróquias católicas da Europa a acolhê-los, mas com sucesso limitado.

Em abril, depois de visitar um campo de imigrantes na Grécia, o papa levou três famílias de refugiados sírios consigo de volta a Roma.

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