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Papa insiste que o aborto equivale a recorrer a um assassino de aluguel

Para o papa, em vez de propor o aborto, é preciso criar "redes de amor" para evitar que o medo da doença e do sofrimento condene as famílias à solidão

Papa Francisco: "Não falem de religião quando se trata de uma questão humana" (Giuseppe Ciccia/Pacific Press/LightRocket/Getty Images)

Papa Francisco: "Não falem de religião quando se trata de uma questão humana" (Giuseppe Ciccia/Pacific Press/LightRocket/Getty Images)

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AFP

Publicado em 25 de maio de 2019 às 12h25.

Última atualização em 25 de maio de 2019 às 12h48.

O papa Francisco disse neste sábado (25) que a proibição do aborto era uma questão humana, não religiosa, e reafirmou que era equivalente a recorrer a um assassino de aluguel.

"É justo eliminar uma vida humana para resolver um problema? É justo contratar um assassino para resolver um problema?", declarou o papa. "Não falem de religião quando se trata de uma questão humana", acrescentou.

O pontífice argentino falou diante dos participantes de um colóquio sobre o combate ao aborto terapêutico, proposto nos casos em que os diagnósticos pré-natais revelam graves malformações.

"Nenhum ser humano pode ser considerado incompatível com a vida", insistiu o papa.

Neste caso, o cuidado não é uma despesa, mas uma ajuda aos "pais para preparar sua dor e percebê-la não apenas como uma perda, mas como uma etapa [...] Essa criança vai permanecer em suas vidas para sempre", insistiu.

Para o papa, em vez de propor o aborto terapêutico, é preciso criar "redes de amor" para evitar que o medo da doença e do sofrimento condene as famílias à solidão.

Em outubro de 2018, o papa Francisco já havia comparado o aborto ao recurso a um matador, declarações que provocaram fortes reações.

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