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Papa indulta ex-mordomo condenado por roubo de documentos

Bento XVI comunicou pessoalmente sua decisão ao ex-mordomo, que cumpria pena desde 25 de outubro em uma cela do Vaticano


	O ex-mordomo, Paolo Gabriele (C), em julgamento: foi "um gesto paternal para uma pessoa com a qual o papa compartilhou durante vários anos uma familiaridade diária", disse o Vaticano
 (AFP)

O ex-mordomo, Paolo Gabriele (C), em julgamento: foi "um gesto paternal para uma pessoa com a qual o papa compartilhou durante vários anos uma familiaridade diária", disse o Vaticano (AFP)

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Da Redação

Publicado em 22 de dezembro de 2012 às 10h19.

Cidade do Vaticano - O papa Bento XVI indultou seu ex-mordomo, Paolo Gabriele, de 46 anos, condenado a 18 meses de prisão pelo roubo de documentos secretos do pontífice, informou neste sábado o porta-voz do Vaticano, Federico Lombardi.

Gabriele, conhecido como 'Paoletto', cumpria pena desde 25 de outubro em uma cela do Vaticano. O papa visitou o ex-mordomo na prisão e o comunicou de sua decisão, disse Lombardi por meio de um comunicado da Secretaria de Estado.

'Nesta manhã, o Santo Padre Bento XVI visitou na prisão o senhor Paolo Gabriele para confirmar seu perdão e para comunicar pessoalmente que tinha aceitado seu pedido de indulto, perdoando a pena imposta', explicou a Secretaria de Estado.

Foi 'um gesto paternal para uma pessoa com a qual o papa compartilhou durante vários anos uma familiaridade diária'. Gabriele foi libertado imediatamente e retornou para sua casa, a poucos metros de onde cumpria a pena.

O ex-mordomo, disse Lombardi, não recuperará seu trabalho e deixará de viver no Vaticano. 'No entanto, a Santa Sé, confiando na sinceridade do arrependimento manifestado, deseja oferecer a ele a possibilidade de retomar com serenidade a vida junto a sua família', explicou a Secretaria de Estado.

Lombardi afirmou que o perdão do papa 'é uma boa notícia' e o final de 'um triste caso'.

O porta-voz ressaltou que a visita de Bento XVI relembra a ida à prisão que João Paulo II fez para encontrar Ali Agca, o turco que tentou assassiná-lo em 1981, na praça de São Pedro do Vaticano.

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