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Papa Francisco recebe presidente francês no Vaticano

Macron e o papa Francisco devem tratar da crise imigratória na Europa e do laicismo da França durante a reunião desta terça no Vaticano

Macron e o papa Francisco criticam medidas que impedem imigrantes de entrarem na Europa (Alessandra Tarantino/Reuters)

Macron e o papa Francisco criticam medidas que impedem imigrantes de entrarem na Europa (Alessandra Tarantino/Reuters)

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AFP

Publicado em 26 de junho de 2018 às 10h01.

O papa Francisco recebeu nesta terça-feira (26) o presidente francês, Emmanuel Macron, que faz sua primeira visita à Santa Sede.

Francisco apertou a mão do presidente francês na entrada da biblioteca para um encontro de cerca de meia hora. Macron estava acompanhado de sua mulher, Brigitte.

Antes do encontro, Macron teve um café da manhã com a comunidade de fiéis católicos Santo Egídio, muito envolvida na acolhida de imigrantes e organizadora de "corredores humanitários" que levam refugiados sírios para a Europa.

Macron protagoniza uma disputa diplomática com as novas autoridades italianas, em particular com o ministro do Interior, Matteo Salvini, líder da Liga (extrema direita), que defende a linha-dura com os imigrantes que tentam chegar à costa do país, cruzando o Mediterrâneo, e critica a arrogância e o egoísmo da França no tema migratório.

O papa interpela regularmente os dirigentes da União Europeia sobre os imigrantes, alegando que têm a obrigação de "acolher, acompanhar, abrigar e integrar", segundo ele. Na semana passada, considerou ainda que é necessário "investir de maneira inteligente para lhes dar trabalho e educação" em seus países de origem.

O laicismo na França estará, sem dúvida, entre os temas de conversa durante o encontro de Francisco com Macron.

Em um discurso no início de abril na Conferência Episcopal da França, Macron disse querer "reparar" o "vínculo" entre a Igreja católica e a República francesa, "danificado" nos últimos anos, em particular desde a autorização para adoção de crianças por parte de casais homossexuais em 2013.

Este discurso despertou várias críticas na França, enquanto o episcopado classificou como um discurso que refunda as relações entre os católicos e a República.

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