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Papa Francisco, que segue em estado 'crítico', teve uma noite 'tranquila'

Pontífice de 88 anos está internado há 13 dias devido a problemas respiratórios

AFP
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Agência de notícias

Publicado em 26 de fevereiro de 2025 às 06h20.

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O papa Francisco, cujo estado de saúde permanece "crítico", teve "uma noite tranquila", anunciou o Vaticano nesta quarta-feira, 26, no dia em que o jesuíta argentino de 88 anos completa 13 dias de hospitalização para tratar uma pneumonia bilateral.

O líder espiritual de 1,4 bilhão de católicos no mundo, internado na clínica Gemelli de Roma, passou "uma noite tranquila e está descansando", afirmou a Santa Sé em um breve comunicado.

Na noite de terça-feira, o Vaticano informou que o estado de saúde continuava "crítico, mas estável", com prognóstico "reservado", mas que o pontífice havia trabalhado durante o dia.

O boletim médico também indicou que ele foi submetido a uma "TC (tomografia computadorizada) de controle programada para o monitoramento radiológico da pneumonia bilateral", uma infecção do tecido pulmonar potencialmente fatal.

Segundo uma fonte do Vaticano, os resultados do exame, o terceiro desde sua hospitalização, devem ser conhecidos nesta quarta-feira.

A saúde de Jorge Bergoglio preocupa o mundo inteiro. Católicos rezam por sua rápida recuperação de sua cidade natal de Buenos Aires até a Praça de São Pedro, onde na terça-feira fiéis e cardeais rezaram um rosário.

A cena lembrou as concentrações organizadas antes da morte de João Paulo II, em 2005, mas o cardeal hondurenho Óscar Rodríguez Maradiaga, que coordenou o Conselho de Cardeais do papa, afirmou que "ainda não é o momento para que ele vá para o céu".

"Sempre rezamos por ele e agora redobramos", disse na noite de terça-feira Marcela Oviedo, 55 anos, durante uma missa pela saúde do papa celebrada em Roma.

Velas e desenhos

Na manhã desta quarta-feira, velas, desenhos e mensagens de apoio ao papa Francisco decoravam a estátua de João Paulo II diante do Hospital Gemelli, epicentro dos jornalistas que cobrem o noticiário do Vaticano há quase duas semanas.

A hospitalização, a quarta e mais longa desde 2021, provoca grande preocupação devido aos problemas anteriores que debilitaram a saúde do pontífice nos últimos anos: operações no cólon e no abdômen, além de dificuldades para caminhar.

E provocou novos questionamentos sobre a capacidade de Francisco para desempenhar suas funções, em particular porque o direito canônico não prevê nenhum dispositivo em caso de um problema grave que possa afetar sua lucidez.

Também reavivou as especulações sobre a possibilidade de Francisco renunciar, embora ele tenha afirmado várias vezes que o momento ainda não chegou. Além disso, tem se mostrado mais ativo desde o início da semana.

Na segunda-feira, ele ligou para a paróquia de Gaza, como tem feito desde o início da guerra, autorizou a canonização de dois leigos, entre eles "o médico dos pobres" venezuelano José Gregorio Hernández, e convocou um consistório (assembleia de cardeais), que não teve a data revelada.

Líderes de todo o mundo enviaram mensagens, do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e seu homólogo da França, Emmanuel Macron, passando pelo venezuelano Nicolás Maduro, que o chamou o papa de "líder ético da humanidade".

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