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Papa Francisco envia carta a britânico sobre Síria e pobres

A carta é uma resposta a outra enviada por Cameron ao pontífice, informando sobre a agenda de seu governo na presidência rotativa do G8 em 2013 e sobre a reunião do G8


	Papa Francisco: "é necessário garantir que toda a atividade política e econômica internacional voltada para o homem"
 (Filippo Monteforte/AFP)

Papa Francisco: "é necessário garantir que toda a atividade política e econômica internacional voltada para o homem" (Filippo Monteforte/AFP)

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Da Redação

Publicado em 16 de junho de 2013 às 11h52.

A atenção aos pobres, a liberdade, o homem como centro da atividade econômica e política e a paz na Síria foram alguns dos temas abordados pelo papa Francisco em uma carta enviada ao primeiro-ministro britânico, David Cameron, divulgada pelo Vaticano neste domingo.

A carta é uma resposta a outra enviada por Cameron ao pontífice, informando sobre a agenda de seu governo na presidência rotativa do G8 em 2013 e sobre a reunião do G8 que será realizada na Inglaterra nos dias 17 e 18 de junho.

Para que o tema da reunião tenha um significado mais profundo, escreveu o Papa, "é necessário garantir que toda a atividade política e econômica internacional voltada para o homem", permita "a liberdade e a criatividade" e sejam exercidas "com senso de solidariedade e uma atenção particular aos pobres".

O G8 abordará temas relacionados ao livre comércio internacional, ao fisco e à transparência dos governos e dos agentes econômicos.

Francisco destacou na pauta do G8 uma proposta por uma ação coordenada dos integrantes do grupo com o objetivo de eliminar definitivamente a fome e garantir a segurança alimentar, e outra relacionada à proteção das mulheres e crianças da violência sexual em situações de conflito.

O pontífice ressaltou que não se pode esquecer que o "contexto indispensável" para todas essas ações políticas é a paz internacional.

Ele também manifestou sua preocupação com a situação na Síria e pediu que a cúpula do G8 contribua para a implementação de um "cessar-fogo imediato e duradouro, e para levar as partes em conflito à mesa de negociações".

"A paz exige a renúncia a algumas exigências para construirmos juntos uma paz mais justa", frisou.

O homem "não é um fator econômico a mais ou um bem descartável, e sim algo que tem uma natureza e dignidade que não podem ser reduzidas a simples cálculos econômicos", indicou.

"O objetivo da economia e da política é exatamente estar a serviço dos homens, a começar pelos mais pobres e frágeis, não importa onde estejam, inclusive no ventre da própria mãe", enfatizou o Papa, acrescentando que "o dinheiro e os outros meios políticos e econômicos devem servir, e não governar".

O fundamental, segundo o papa Francisco, é que o homem seja o centro de toda atividade política e econômica porque ele é "seu mais profundo recurso" e, ao mesmo tempo, "seu fim primordial" .

Desde o anúncio de sua escolha para ocupar o lugar de Bento XVI, no dia 13 de março, o papa Francisco tem insistido sistematicamente na necessidade de que a Igreja, os fiéis e os governos prestem mais atenção aos pobres.

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