O papamóvel levando Bento XVI à Praça de São Pedro: Francisco deixará a Casa de Santa Marta, onde está hospedado, e usará o papamóvel – no qual pode ficar de pé, permitindo que seja visto de corpo inteiro. (REUTERS / Max Rossi)
Da Redação
Publicado em 13 de junho de 2013 às 07h48.
Vaticano – Os fiéis poderão ver o papa Francisco de perto amanhã (19), antes da missa que inaugura seu pontificado. Francisco deixará a Casa de Santa Marta, onde está hospedado, e usará o papamóvel – no qual pode ficar de pé, permitindo que seja visto de corpo inteiro. O papa fará um passeio curto na área próxima à Praça São Pedro, na qual está a basílica de mesmo nome, e saudará os peregrinos.
O passeio ocorrerá por volta das 8h50 (4h50 de Brasília). A missa está marcada para começar às 9h30 (5h30 de Brasília). A missa será antecedida por vários rituais do período medieval, que são conduzidos por cardeais e patriarcas das igrejas católicas orientais - ordodoxa síria, armênia, grega e russa, por exemplo.
Segundo o porta-voz do Vaticano, padre Federico Lombardi, a presença dos patriarcas orientais simboliza a integração entre as religiões. A missa será celebrada em grego. Mas a homilia será em italiano.
A missa também homenageará São José, cuja data é celebrada amanhã. Por isso, serão feitas leituras referentes ao santo. O papa Francisco não dará a comunhão – a hóstia consagrada. Cerca de 500 padres darão a hóstia consagrada aos fiéis na Praça São Pedro.
A cerimônia começa no túmulo de São Pedro – considerado o primeiro papa da Igreja Católica Apostólica Romana – que está no altar central da basílica de mesmo nome. São Pedro foi crucificado de cabeça para baixo, a seu pedido, porque ele se considerava indigno de morrer da mesma forma que Cristo.
Na área onde está o túmulo de São Pedro, são mantidos o anel do pescador, o manto de lã (chamado em latim de pallium) e o Livro dos Evangelhos, que serão entregues ao papa. O ritual, que começa no centro da basílica, é acompanhado pelos cardeais e pelos patriarcas das religiões orientais. Há, ainda, cânticos gregorianos.
Durante a procissão, é cantada a música Laudes Regiae (de Cristo Rei), o que significa “em honra de Cristo”, segundo o Vaticano. O mesmo cardeal que anunciou a célebre frase Habemus Papam (Temos Papa), o francês Jean-Louis Tauran Pierre, colocará o manto sobre os ombros do papa, enquanto o anel será colocado no anelar da mão direita pelo decano do Colégio de Cardeais, Angelo Sodano.
O manto é uma vestimenta litúrgica, feita de uma tira de pano de lã branca, e representa a tarefa do pastor, que é conduzir as ovelhas, no caso os fiéis. Após o encerramento da etapa, é iniciada a missa. Tradicionalmente, os cardeais fazem o ritual de obediência ao papa. Mais de 180 cardeais são celebrantes da missa. Também estarão presentes os padres José Rodríguez Carballo e Adolfo Nicolás Pachón.