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Papa Francisco conheceu Messi e Maradona, mas não viu a Argentina ser campeã em 2022

O pontífice gostava de futebol, era torcedor do San Lorenzo e foi próximo dos dois maiores ídolos da torcida argentina

Diego Maradona em audiência com Papa Francisco: amizade (Alessandro Bianchi/Reuters)

Diego Maradona em audiência com Papa Francisco: amizade (Alessandro Bianchi/Reuters)

Ivan Padilla
Ivan Padilla

Editor de Casual e Especiais

Publicado em 21 de abril de 2025 às 10h34.

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Gian Marco Chiocci, diretor do telejornal da RAI 1, perguntou certa vez ao Papa Francisco quem foi o melhor jogador de futebol da história, Maradona ou Messi. Político, o Papa votou pelo empate, mas acrescentou: “Eu também incluo um terceiro, Pelé. São os três jogadores que segui, os três grandes, cada um na sua área. E neste momento, Messi.”

Falecido nesta segunda-feira, 21 de abril, o Papa Francisco gostava de futebol e torcia pelo San Lorenzo. Quando criança, Jorge Bergoglio ia aos jogos com sua família, conta o jornal El Clarín. Chegou a celebrar várias missas na capela do clube, inclusive no ano de seu centenário, em 2008.

Como Papa, em diversas ocasiões quebrou os protocolos do Vaticano ao demonstrar sua paixão pelas cores azul e grená, comentando vitórias, recebendo dirigentes e rezando pelo time. Seu carnê de sócio do Club Atlético San Lorenzo era o de número 88.235.

Não viu a Argentina ser campeã no Qatar

O Papa conheceu Pelé, falecido em dezembro de 2022. “Era um homem de um coração enorme. Conversei com ele, o encontrei em um avião em Buenos Aires, ele era de uma humanidade imensa”, disse o Papa.

Mas o Papa que adora futebol perdeu o momento recente mais importante para a seleção argentina, a conquista da Copa do Mundo do Qatar, em 2022. “Não vi a final. Estava reunido com seis pilotos da Alitalia e suas esposas. Em um momento fui buscar algo e, quando voltei, um me disse ‘está ganhando 3 a 0’, ou 2 a 0, ou 3 a 1, não me lembro.”

O Papa Francisco conheceu Maradona em setembro de 2014, em uma partida amistosa no Estádio Olímpico de Roma entre lendas do futebol argentino e da Itália para promover a paz. Maradona então entregou ao Papa a camisa da seleção argentina com o número 10 e o nome “Francisco”.

Camisa do Messi de presente

Segundo o jornal argentino, Maradona teria dito no encontro que o Papa o havia inspirado a voltar à religião depois de muitos anos. “Você me fez sentir como um argentino bom e isso me dá muito prazer, que um argentino esteja fazendo coisas tão boas. Me toca o coração quando você fala da fome no mundo”, teria dito Maradona.

Poucos dias depois, Maradona foi recebido pelo Papa Francisco em uma audiência privada na residência de Santa Marta. Semanas depois de sua morte, em uma entrevista ao jornal esportivo La Gazzetta dello Sport, Francisco recordou Maradona como “um poeta no campo de jogo, embora também um homem muito frágil. Como jogador, foi um grande campeão que deu alegria a milhões de pessoas.”

Francisco conheceu Messi em agosto de 2013, quando a seleção argentina jogou uma partida amistosa contra a Itália em homenagem ao Papa, poucos meses após sua posse. Todos os jogadores foram recebidos na Sala Clementina do Vaticano. Messi estava machucado e não jogou, mas acompanhou a delegação.

Quando foi para o Paris Saint Germain, Messi enviou uma camiseta do time de presente ao Papa. “Lionel Messi, querido irmão, agradeço pela camiseta que me mandou e pela dedicatória. Sempre com sua simplicidade”, agradeceu o Papa. “Que Deus o abençoe e, qualquer coisa, pode contar comigo.”

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