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Papa escreve ao G20 para denunciar o apoio de jihadistas

Papa argentino expressou sua convicção de que a solução para o EI na Síria e no Iraque "não pode ser exclusivamente de natureza militar"


	Papa Francisco: "há formas de agressão menos evidentes mas igualmente reais e graves, em particular os abusos do sistema financeiro"
 (Giampiero Sposito/Reuters)

Papa Francisco: "há formas de agressão menos evidentes mas igualmente reais e graves, em particular os abusos do sistema financeiro" (Giampiero Sposito/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 11 de novembro de 2014 às 15h13.

O papa Francisco pediu nesta terça-feira aos líderes do grupo de países desenvolvidos emergentes (G20) que combatam a ajuda recebida pelos jihadistas no Oriente Médio, e a exclusão gerada pelo sistema econômico.

Em uma carta enviada aos líderes, que se reunirão na Austrália na semana que vem, Francisco assegura que "o mundo espera do G20 um acordo mais amplo, através do sistema legal das Nações Unidas, para que cesse definitivamente a agressão injusta no Oriente Médio contra diferentes grupos, religiosos e étnicos, incluídas as minorias".

O papa argentino expressou sua convicção de que a solução para o Estado Islâmico (EI) na Síria e no Iraque "não pode ser exclusivamente de natureza militar", segundo a mensagem dirigida ao anfitrião da cúpula de Brisbane, o primeiro-ministro australiano Tony Abbott.

Grupos como o EI recebem apoio político e econômico "através do comércio ilegal de petróleo, de armas e de tecnologia", assegurou.

Em sua carta, o papa pede que os participantes não se contentem com "declarações de princípio" e lembra que a exclusão econômica e social, em particular o desemprego dos jovens, favorece "a atividade criminosa e inclusive o recrutamento de terroristas".

"Há formas de agressão menos evidentes mas igualmente reais e graves, em particular os abusos do sistema financeiro", denunciou o pontífice.

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