Agência de Notícias
Publicado em 5 de março de 2025 às 09h50.
Última atualização em 5 de março de 2025 às 09h57.
O papa Francisco retomou nesta quarta-feira, 5, a fisioterapia respiratória com oxigenoterapia de alto fluxo, sem ventilação mecânica não invasiva, segundo disseram fontes do Vaticano, depois que seu estado clínico permaneceu "estável" nas últimas horas após os dois episódios de insuficiência respiratória aguda sofridos na segunda-feira.
Francisco continua "com seu tratamento, a fisioterapia respiratória" e "foi retirada a máscara de ventilação mecânica" usada durante a noite, que foi substituída pela “oxigenação de alto fluxo" através de cânulas nasais, explicaram as fontes.
O pontífice, de 88 anos, que está agora em seu 20º dia de internação na Policlínica Gemelli, em Roma, havia retomado a ventilação mecânica não invasiva com uma máscara após as crises de segunda-feira e, embora tenha sido removida durante a terça-feira, voltou a usá-la ontem à noite.
As fontes, que reiteraram que o papa pode comer "alimentos sólidos", insistiram que, conforme indicado no último boletim médico, sua condição é "estável", dentro de "um quadro que continua complexo e com prognóstico reservado".
"O papa dormiu bem ontem à noite, acordando pouco depois das 8h", disse hoje mais cedo um breve comunicado do Vaticano, que fornecerá mais detalhes sobre sua condição no boletim médico que será divulgado por volta das 19h (horário local, 15h de Brasília).
Em seu último boletim na terça-feira, a Santa Sé explicou que o estado clínico do papa permanecia "estável", dentro de um quadro "complexo", e que não apresentou novos episódios de insuficiência respiratória ou broncoespasmo.
Além disso, não apresentava febre e estava "consciente o tempo todo, cooperando com as terapias e orientado".
Na terça-feira, Francisco alternou entre oração e repouso - nos dias anteriores o Vaticano havia anunciado que o papa havia trabalhado na assinatura de alguns documentos e marcado compromissos - e também recebeu a Eucaristia.
Francisco está hospitalizado na Policlínica Gemelli, em Roma, desde 14 de fevereiro devido a uma bronquite com infecção polimicrobiana, que derivou em uma pneumonia bilateral.
Na segunda-feira, o papa sofreu dois episódios graves de insuficiência respiratória aguda causados por um acúmulo "significativo" de muco dentro dos brônquios, o que gerou espasmos, o que fez com que fosse submetido a duas broncoscopias para aspirar as secreções.
Estas duas crises somam-se às outras duas que Francisco teve nestes 20 dias de internação: uma crise respiratória asmática no dia 22 de fevereiro e outra "isolada" devido a um broncoespasmo que também lhe causou vômitos, no dia 29.