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Papa diz que possível "derramamento de sangue" na Venezuela assusta

O papa evitou declarar apoio a Maduro ou a Guaidó, mas defendeu uma solução pacífica para superar a crise venezuelana

Papa: "Eu apoio todo o povo venezuelano, que está sofrendo", afirmou Francisco (Alessandro Bianchi/Reuters)

Papa: "Eu apoio todo o povo venezuelano, que está sofrendo", afirmou Francisco (Alessandro Bianchi/Reuters)

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EFE

Publicado em 28 de janeiro de 2019 às 12h42.

Roma - O papa Francisco afirmou nesta segunda-feira que "um possível derramamento de sangue" na Venezuela o "assusta" e ofereceu sua ajuda se ambas as partes quiserem, durante o voo de volta do Panamá, para onde viajou na quarta-feira passada para a realização da Jornada Mundial da Juventude (JMJ).

Francisco pediu ontem no Panamá após o Angelus "uma solução justa e pacífica para superar a crise respeitando os direitos humanos e desejando o bem de todos os habitantes do país".

Ao ser perguntado na entrevista coletiva no retorno de sua viagem sobre se o Vaticano apoiaria, como alguns países já fizeram, a autoproclamação de Juan Guaidó como presidente da Venezuela, Francisco respondeu que isso "seria uma imprudência pastoral e seria prejudicial".

"Eu apoio todo o povo venezuelano, que está sofrendo. Se eu me colocar ao lado destes países, ou destes outros, me colocaria em um papel que não conheço. Seria uma imprudência pastoral de minha parte e seria prejudicial", disse.

Neste contexto, o papa disse que não gostaria de ser definido como "equilibrado", mas seu comportamento era o de um "pastor".

Além disso, opinou que se as partes precisarem de ajuda para solucionar este problema, "que entrem em acordo e a peçam".

Sobre suas palavras sobre a Venezuela no Angelus, Francisco revelou que pensou muito no que queria dizer, e reiterou seu desejo por "uma solução justa e pacífica" para a crise no país.

"Peço grandeza aos que podem ajudar a resolver o problema. O problema da violência é aterrador", afirmou o papa.

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