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Papa diz que mundo está em guerra e não há justificativa

Francisco lembrou a aproximação do Natal, mas disse que todos os preparativos não irão refletir a verdade


	Papa Francisco: "Teremos luzes, festas, árvores luminosas e presépio. Tudo falso: o mundo continua fazendo guerras"
 (Max Rossi / Reuters)

Papa Francisco: "Teremos luzes, festas, árvores luminosas e presépio. Tudo falso: o mundo continua fazendo guerras" (Max Rossi / Reuters)

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Da Redação

Publicado em 19 de novembro de 2015 às 10h57.

Cidade do Vaticano - O papa Francisco lamentou que "o mundo inteiro está em guerra" e que "não existe uma justificativa para isso", na homilia que fez nesta quinta-feira na missa matinal na Capela da Casa Santa Marta.

"Uma guerra pode ser justificada - entre aspas - com muitas, muitas razões. Mas quando todo o mundo, como é hoje, está em guerra, todo o mundo: é uma guerra mundial - em pedaços: aqui, ali, lá, em todos os lugares ... - não há nenhuma justificativa. E Deus chora. Jesus chora", disse o pontífice.

Francisco lembrou a aproximação do Natal, mas disse que todos os preparativos não irão refletir a verdade.

"Teremos luzes, festas, árvores luminosas e presépio. Tudo falso: o mundo continua fazendo guerras. O mundo não entendeu o caminho da paz", afirmou.

Em um de suas homilias mais duras, ele destacou os malefícios da guerra.

"Em todo lugar existe guerra, hoje, existe ódio. O que permanece de uma guerra, desta, que estamos vivendo agora? O que resta? Ruínas, milhares de crianças sem educação, vários mortos inocentes e muito dinheiro no bolso dos traficantes de armas", ressaltou.

Segundo ele, enquanto uns fabricam armas, outros dão a vida para ajudar os demais "como fez um ícone do nosso tempo, Teresa de Calcutá".

"Nós fará bem também pedir a graça das lágrimas, por este mundo que não reconhece o caminho da paz. Quem vive para fazer a guerra, com o cinismo de dizer para não fazê-la. Peçamos a conversão do coração. Precisamente às portas deste Jubileu da Misericórdia, que o nosso júbilo, a nossa alegria sejam a graça que o mundo reencontre a capacidade de chorar pelos seus crimes, por aquilo que faz com as guerras", concluiu.

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