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Papa diz que muçulmanos devem ser considerados "parceiros"

Para o pontífice, os estudantes de teologia devem ser educados no diálogo com o judaísmo e o islã para entender as raízes comuns

Papa Francisco: em suas falas, tem defendido sistematicamente o amor ao próximo e o diálogo entre religiões (Alessandro Bianchi/Reuters)

Papa Francisco: em suas falas, tem defendido sistematicamente o amor ao próximo e o diálogo entre religiões (Alessandro Bianchi/Reuters)

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AFP

Publicado em 21 de junho de 2019 às 14h31.

Última atualização em 21 de junho de 2019 às 18h15.

O Papa Francisco afirmou nesta sexta-feira (21) que os muçulmanos deveriam ser considerados "parceiros", com o objetivo de construir uma convivência pacífica para bloquear o avanço de "grupos fanáticos inimigos do diálogo".

"Os estudantes de teologia devem ser educados no diálogo com o judaísmo e o islã para entender as raízes comuns e as diferenças de nossas identidades religiosas e contribuir assim, de maneira mais eficaz, para a construção de uma sociedade que aprecia a diversidade e favorece o respeito, a fraternidade e a coabitação pacífica", declarou o pontífice.

Francisco fez a declaração durante um encontro organizado em Nápoles pela Pontifícia Faculdade Teológica da Itália Meridional.

"Estamos convocados a dialogar com os muçulmanos para construir o futuro de nossas sociedades e de nossas cidades. Estamos chamados a considerá-los como sócios para construir uma convivência pacífica, inclusive quando ocorrem acontecimento chocantes, obra de grupos fanáticos inimigos do diálogo, como a tragédia (os atentados) de Páscoa no Sri Lanka", prosseguiu o papa.

Francisco defende sistematicamente o amor ao próximo e o diálogo entre religiões.

"Nas faculdades de teologia e nas universidades eclesiásticas é preciso estimular as aulas de língua e cultura árabe e judaica, assim como o conhecimento recíproco entre estudantes cristãos, judeus e muçulmanos", concluiu o líder da Igreja católica.

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