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Papa diz que está feliz com aproximação EUA-Cuba

Papa, cuja mediação foi crucial para obter o histórico acordo, reconheceu que esse resultado foi conquistado graças ao papel dos diplomatas

Papa Francisco: "hoje, estamos todos muito contentes porque vimos como dois povos, que haviam se afastado por anos, deram ontem um passo para se aproximar" (Tiziana Fabi/AFP)

Papa Francisco: "hoje, estamos todos muito contentes porque vimos como dois povos, que haviam se afastado por anos, deram ontem um passo para se aproximar" (Tiziana Fabi/AFP)

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Da Redação

Publicado em 18 de dezembro de 2014 às 12h14.

Vaticano - O papa Francisco afirmou nesta quinta-feira que está muito feliz com a decisão dos Estados Unidos e de Cuba de normalizar suas relações e elogiou o trabalho dos diplomatas que atuaram com 'pequenos gestos' para obter esse resultado.

"Hoje, estamos todos muito contentes porque vimos como dois povos, que haviam se afastado por anos, deram ontem um passo para se aproximar", declarou o pontífice argentino ante um grupo de treze novos embaixadores ante a Santa Sé, durante a apresentação de suas credenciais.

O papa, cuja mediação foi crucial para obter o histórico acordo, reconheceu que esse resultado foi conquistado graças ao papel dos diplomatas.

"O trabalho de embaixador é um trabalho de pequenos gestos, de pequenas coisas, mas que terminam por conseguir a paz, aproximar os corações dos povos, semear a fraternidade", acrescentou Francisco.

O reconhecimento público foi feito já na quarta-feira pelo presidente Barack Obama e seu colega cubano Raúl Castro, que agradeceram a gestão pessoal do Papa, classificada por ambos de crucial, o que confirma a vontade de Francisco de entrar para a história como um homem de paz, que luta pela fraternidade entre os povos.

Em declarações à Rádio Vaticano, o cardeal Pietro Parolin, secretário de Estado da Santa Sé e artífice da diplomacia de 'pequenos passos', assegurou que o gesto do papa Francisco de escrever uma carta de próprio punho aos dois presidentes foi um gesto determinante.

"Ele os convidou a superar as dificuldades existentes entre os dois países e a buscar um ponto de acordo, um ponto de encontro", contou.

Para Parolin, que foi núncio apostólico na Venezuela, o fato de Francisco ser oriundo do continente americano também contribuiu para o sucesso da mediação.

"Ele conhecia a problemática e encontrou a maneira justa - digamos - para fazer com que se superasse a distância e as partes se aproximassem", enfatizou.

"O Papa diz e repete sempre e eu gosto de ressaltar isso: quando há problemas, deve-se aplicar o método do diálogo. Mais problemas aparecem, mais se deve dialogar", concluiu.

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