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Papa denuncia a prostituição como "doença da humanidade"

O papa visitou um abrigo onde encontrou mulheres chamadas por ele de "crucificadas" e pediu desculpas "pela tortura que tiveram que suportar"

Papa Francisco: Pontífice condena prostituição classificando de "doença da humanidade". (Giuseppe Lami/EFE)

Papa Francisco: Pontífice condena prostituição classificando de "doença da humanidade". (Giuseppe Lami/EFE)

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AFP

Publicado em 29 de julho de 2019 às 11h16.

A prostituição é uma "doença da humanidade", estimou o papa Francisco no prefácio de um livro, no qual se refere a "um vício repugnante" que reduz as mulheres a escravas.

"Qualquer forma de prostituição é uma redução à escravidão, um ato criminoso, um vício repugnante que confunde fazer amor com os instintos de alguém torturando uma mulher sem defesa", segundo um texto publicado nesta segunda-feira no jornal italiano La Repubblica.

"Ninguém pode ser colocado à venda", denuncia no prólogo de um livro do padre Aldo Buonaiuto, sacerdote da Comunidade Papa João XXIII, uma associação de caridade católica que acolhe pobres, prostitutas e adolescentes problemáticos.

"É uma doença da humanidade, um modo equivocado de pensar a sociedade. Libertar esses pobres escravos é um gesto de misericórdia e um dever para todos os homens de boa vontade. O seu grito de dor não pode deixar indiferentes os indivíduos e instituições", adverte Francisco.

"Ninguém deve olhar para o outro lado ou lavar as mãos do sangue inocente derramado nas ruas do mundo", conclui o soberano pontífice.

O papa também relata que visitou um abrigo da Comunidade do Papa João XXIII para encontrar mulheres "crucificadas". Ele explica que pediu desculpas "pela tortura que tiveram que suportar por causa de clientes, muitos dos quais se definem como cristãos".

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