Mundo

Papa defende exemplo de Reis Magos sobre vida medíocre

Exemplo dado pelos Reis Magos significa que não podemos nos contentar com uma vida medíocre nem com aparências, afirmou o pontífice

Papa Francisco: "no percurso dos Magos do Oriente está simbolizado o destino de todo homem: nossa vida é um caminho", disse (AFP/Getty Images)

Papa Francisco: "no percurso dos Magos do Oriente está simbolizado o destino de todo homem: nossa vida é um caminho", disse (AFP/Getty Images)

DR

Da Redação

Publicado em 6 de janeiro de 2014 às 09h57.

Cidade do Vaticano - O exemplo dado pelos Reis Magos significa que não podemos nos contentar com uma "vida medíocre" nem com "aparências", mas sim nos aproximarmos da simplicidade pois, como eles, "buscamos a luz", disse nesta segunda-feira o papa.

Francisco presidiu pela primeira vez a missa pela Epifania do Senhor na Basílica do Vaticano, que estava lotada de autoridades eclesiásticas, civis, fiéis e peregrinos.

A homilia foi pronunciada pelo papa depois do anúncio da Páscoa, que neste ano será em 20 de abril. Com o cajado que pertenceu a João Paulo II, Francisco disse durante a homilia que os Reis Magos simbolizam "o destino" de cada homem.

"No percurso dos Magos do Oriente está simbolizado o destino de todo homem: nossa vida é um caminho, iluminado por luzes que nos permitem entrever o caminho, até encontrar a plenitude da verdade e do amor, que nós cristãos reconhecemos em Jesus, luz do mundo", afirmou.

O Evangelho nos disse que os Magos, quando chegaram a Jerusalém, perderam momentaneamente de vista a estrela, continuou o papa.

"Sua luz está ausente no palácio do rei Herodes: porque a casa está escura, a escuridão reina, a desconfiança, o medo porque Herodes se mostrou suspeito e preocupado pelo nascimento de uma criança frágil que sente como um rival", disse o papa.


Todo um mundo baseado "no domínio, no êxito e no poder é desafiado por uma criança", discursou o papa.

E Herodes chega a matar as crianças. "Matai os filhos da carne, porque o medo te mata no coração", escreveu São Quodvultdeus, lembrou Francisco.

Os Reis Magos -continuou o Bispo de Roma- foram capazes de superar esse momento de escuridão porque acreditavam nos profetas que assinalavam Belém como o lugar de nascimento do Messias.

"Na festa da Epifania, quando lembramos a manifestação de Jesus para a humanidade na face de uma criança, escutamos junto a nós os Magos como sábios companheiros de caminho", disse.

"Seu exemplo nos ajuda a levantar o olhar em direção à estrela e seguir os grandes desejos de nosso coração. Nos ensinam a não nos contentarmos com uma vida medíocre, mas a nos deixar sempre fascinados pelo que é bom, verdadeiro, belo, de Deus", discursou.

Após o fim da homilia o papa beijou a figura do Menino Jesus e se despediu com o coro de crianças da Capela Sistina que interpretaram o hino "Adeste Fidelis".

Depois de meio-dia, o papa apareceu na janela do Palácio Apostólico diante de milhares de seguidores que aguardavam sua presença e continuou falando da Epifania.

Após rezar o Angelus, desejou aos fiéis uma "boa festa de Epifania" e um "bom almoço" antes de se despedir novamente entre longos aplausos.

Acompanhe tudo sobre:Países ricosPapa FranciscoPapasReligiãoVaticano

Mais de Mundo

México adverte para perda de 400 mil empregos nos EUA devido às tarifas de Trump

Israel vai recorrer de ordens de prisão do TPI contra Netanyahu por crimes de guerra em Gaza

SAIC e Volkswagen renovam parceria com plano de eletrificação

Novas regras da China facilitam exportações no comércio eletrônico