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Papa decide substituir número dois do Vaticano

Pontífice decidiu substituir o o secretário de Estado, Tarcisio Bertone, que tem sua gestão contestada com frequência

Bertone cumprimenta o Papa: Bertone foi acusado de erros de gestão e de escolhas infelizes, segundo parte dos documentos confidenciais do Vaticano (AFP)

Bertone cumprimenta o Papa: Bertone foi acusado de erros de gestão e de escolhas infelizes, segundo parte dos documentos confidenciais do Vaticano (AFP)

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Da Redação

Publicado em 30 de agosto de 2013 às 12h37.

Cidade do Vaticano - O papa Francisco decidiu substituir o secretário de Estado, número dois do Vaticano, Tarcisio Bertone, que tem sua gestão contestada com frequência, informaram fontes vaticanas citadas pela imprensa italiana.

Tarcisio Bertone, de 78 anos, é desde 1986 o homem de confiança do agora papa emérito Bento XVI, ao qual foi fiel durante os escândalos que sacudiram seu pontificado.

Este salesiano foi acusado de erros de gestão e de escolhas infelizes, segundo parte dos documentos confidenciais do Vaticano, publicados ano passado no escândalo "Vatileaks".

De acordo com o jornal Corriere della Sera, Francisco pode anunciar a partir de sábado a saída de Bertone e inclusive nomear o substituto, que assumiria o cargo em outubro.

A nomeação em julho pelo Papa de uma especialista em comunicação, a católica ítalo-marroquina Francesca Immacolata Chauqui, de 32 anos, sem consultar a Secretaria de Estado provocou o descontentamento de Bertone.

Chauqui, membro de uma comissão de laicos responsável por examinar a transparência financeira e administrativa do Vaticano, também teria contatos com Gianluigi Nuzzi, o jornalista italiano que está na origem do escândalo "Vatileaks", e escreveu mensagens críticas no Twitter sobre a Cúria, nas quais chamava Bertone de "personagem corrupto".

Dois candidatos, ambos italianos, poderiam substituir Bertone. O núncio na Venezuela, arcebispo Pietro Parolin, e o governador da Cidade do Vaticano, monsenhor Giuseppe Bertello.

O cardeal Bertone poderia prosseguir na Cúria como camerlengo, posto chave para administrar a transição após a morte ou renúncia de um papa.

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