Mundo

Papa critica resistência a reformas necessárias no Vaticano

O pontífice argentino listou 12 diretrizes de reforma, incluindo uma coordenação melhor, dedicação ao serviço e abertura "aos sinais dos tempos"

Papa Francisco: em tom enfático, ele reconheceu que tem havido resistência de alguns membros egoístas da burocracia (Gregorio Borgia/Reuters)

Papa Francisco: em tom enfático, ele reconheceu que tem havido resistência de alguns membros egoístas da burocracia (Gregorio Borgia/Reuters)

R

Reuters

Publicado em 22 de dezembro de 2016 às 18h01.

Cidade do Vaticano - O papa Francisco criticou a resistência interna "malévola" à sua campanha para reformar a burocracia do Vaticano nesta quinta-feira, e disse que leigos de ambos os sexos deveriam ocupar cargos altos se forem mais qualificados do que clérigos.

Pelo terceiro ano seguido, Francisco aproveitou suas saudações natalinas anuais à Cúria, o coração da burocracia da Igreja Católica, para passar um sermão aos cardeais, bispos e outros chefes de departamento a respeito da necessidade de mudança.

O pontífice argentino, que no discurso de 2014 disse que a Cúria dominada por italianos sofria de "Alzheimer espiritual", listou 12 diretrizes de reforma, incluindo uma coordenação melhor, dedicação ao serviço e abertura "aos sinais dos tempos".

Em tom enfático, ele reconheceu que tem havido resistência de alguns membros egoístas da burocracia, parte explícita, parte velada e parte hipócrita.

"Mas também tem havido uma resistência malévola", afirmou Francisco, que fez 80 anos na semana passada, aos cardeais, bispos e monsenhores congregados sob os afrescos da Sala Clementina do Vaticano.

Acompanhe tudo sobre:Igreja CatólicaNatalPapa FranciscoVaticano

Mais de Mundo

Israel e Hezbollah estão a poucos dias de distância de um cessar-fogo, diz embaixador israelense

Exportações da China devem bater recorde antes de guerra comercial com EUA

Yamandú Orsi, da coalizão de esquerda, é eleito presidente do Uruguai

Mercosul precisa de "injeção de dinamismo", diz opositor Orsi após votar no Uruguai