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Papa critica religiosos que vivem como ricos

O pontífice também defendeu a castidade que 'expressa a entrega exclusiva ao amor de Deus'


	Francisco encerrará na segunda uma visita histórica por ser a primeira de um papa em 25 anos à Coreia do Sul
 (Getty Images)

Francisco encerrará na segunda uma visita histórica por ser a primeira de um papa em 25 anos à Coreia do Sul (Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 16 de agosto de 2014 às 12h24.

Seul - O papa Francisco criticou neste sábado a 'hipocrisia' dos religiosos que 'vivem como ricos' e pediu que a comunidade eclesiástica mantenha o voto de pobreza durante sua visita a um centro católico de atendimento a incapacitados na Coreia do Sul.

'A hipocrisia dos homens e mulheres consagrados que professam o voto de pobreza e, no entanto, vivem como ricos, prejudica a alma dos fiéis e prejudica à Igreja', declarou Francisco perante quatro mil membros das comunidades religiosas sul-coreanas no complexo de Kkottongnae, 100 quilômetros ao sul de Seul.

O pontífice também defendeu a castidade que 'expressa a entrega exclusiva ao amor de Deus', em um momento em que se propõe o desaparecimento do celibato na Igreja Católica.

'Todos sabemos o exigente que é (a castidade) e o compromisso pessoal que comporta. As tentações neste campo requerem humilde confiança em Deus, vigilância e perseverança', disse o papa aos religiosos sul-coreanos.

Posteriormente Francisco se encontrou com 150 representantes dos laicos da Igreja Católica sul-coreana, a quem pediu auxílio para ajudar aos pobres e esforços para que todos os cidadãos desfrutem da 'dignidade de ganhar o pão e manter suas famílias'.

Também lhes instou em seu discurso a 'promover os casamentos' nos tempos atuais, que qualificou como 'uma época de grande crise para a vida familiar'.

O líder do Vaticano, que iniciou na quinta-feira uma viagem de cinco dias a Coreia do Sul, conheceu no terceiro dia de sua visita o complexo católico Kkottongnae, onde são atendidas milhares de pessoas com incapacidade.

Antes deste encontro com os incapacitados, o pontífice beatificou 124 mártires do país na praça de Gwanghwamun de Seul, em cerimônia assistida por centenas de milhares de pessoas.

Francisco encerrará na segunda-feira uma visita histórica por ser a primeira de um papa em 25 anos à Coreia do Sul, que abriga 5,4 milhões de católicos, mais de 10 % da população. 

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