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Papa convoca enviados ao Oriente Médio para falar sobre EI

Diplomata do Vaticano afirmou que é “tanto lícito quanto urgente deter a agressão através da ação multilateral e de um uso proporcional de força"


	Papa Francisco: nenhum grupo religioso que usa a violência e a opressão pode afirmar ser “a armadura de Deus”
 (Andreas Solaro/AFP)

Papa Francisco: nenhum grupo religioso que usa a violência e a opressão pode afirmar ser “a armadura de Deus” (Andreas Solaro/AFP)

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Da Redação

Publicado em 30 de setembro de 2014 às 10h55.

Cidade do Vaticano - O papa Francisco, que expressou alarme com o avanço dos militantes do Estado Islâmico e o sofrimento dos cristãos no Oriente Médio, convocou seus enviados à região para uma rara reunião para discutir uma reação à crise, informou o Vaticano nesta terça-feira.

O encontro entre os dias 2 e 4 de outubro contará com os embaixadores da Santa Sé na Jordânia, Iraque, Irã, Líbano, Síria, Turquia, Israel e nos territórios palestinos, assim como os representantes na Organização das Nações Unidas (ONU) e na União Europeia.

Eles terão reuniões com mais de uma dezena de autoridades do primeiro escalão do Vaticano, incluindo o secretário de Estado, cardeal Pietro Parolin, que na segunda-feira discursou na ONU sobre a crise no Oriente Médio.

No início de setembro, durante uma visita à majoritariamente muçulmana Albânia, Francisco fez uma crítica dura aos militantes islâmicos, dizendo que nenhum grupo religioso que usa a violência e a opressão pode afirmar ser “a armadura de Deus”.

O Estado Islâmico declarou um "califado" nos territórios que controla na Síria e no Iraque e matou ou expulsou grande número de cristãos, muçulmanos xiitas e outros que não concordam com sua visão extremista do islamismo sunita.

Indagado sobre o Estado Islâmico no mês passado, quando voltava de uma viagem à Coreia do Sul, Francisco endossou a ação da comunidade internacional para deter a “agressão injustificada”.

Parolin, principal diplomata do Vaticano, afirmou durante a Assembleia Geral da ONU em Nova York na segunda-feira que é “tanto lícito quanto urgente deter a agressão através da ação multilateral e de um uso proporcional de força".

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