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Papa considera "escândalo" salários menores para mulheres

Mulheres na União Europeia receberam em média 16,4 por cento a menos que homens em 2013, de acordo com estatísticas da agência Eurostat


	Papa Francisco: "elas possuem os mesmos direitos. A discrepância é um escândalo"
 (Stefano Rellandini/Reuters)

Papa Francisco: "elas possuem os mesmos direitos. A discrepância é um escândalo" (Stefano Rellandini/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 29 de abril de 2015 às 11h34.

Cidade do Vaticano - O papa Francisco fez nesta quarta-feira um apelo enfático pelo fim da diferença salarial entre homens e mulheres e classificou a situação como "um escândalo", que cristãos deveriam reprovar.

"Por que é dado como certo que mulheres devem ganhar menos que homens? Não! Elas possuem os mesmos direitos. A discrepância é um escândalo", disse a centenas de milhares de pessoas em seu discurso geral na Praça de São Pedro.

Levantando a voz para ênfase à situação, Francisco disse que cristãos deveriam "definitivamente apoiar o direito de igualdade salarial para trabalhos iguais".

Mulheres na União Europeia receberam em média 16,4 por cento a menos que homens em 2013, de acordo com estatísticas da agência Eurostat, e dados norte-americanos indicam que mulheres ganham 77 centavos de dólar a cada dólar que um homem ganha, de acordo com salários médios anuais.

Francisco disse que quer que mulheres tenham um papel maior na Igreja Católica romana ao redor do mundo e na burocracia do Vaticano, mas disse que "a porta está fechada" para a possibilidade de mulheres se tornarem padres.

A igreja ensina que mulheres não podem se tornar padres porque Jesus deliberadamente escolheu somente homens como seus apóstolos. Os que defendem o sacerdócio feminino rejeitam essa versão, alegam que agiu de acordo com as normas de sua época.

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