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Papa concede permissão para que padres absolvam aborto

Como ele já escreveu no passado, há mulheres que não têm alternativa a não ser tomar "esta decisão angustiante e dolorosa"

Papa Francisco: ao ampliar a duração da permissão, o papa coloca em prática sua visão de uma Igreja misericordiosa (Vincenzo Pinto/AFP)

Papa Francisco: ao ampliar a duração da permissão, o papa coloca em prática sua visão de uma Igreja misericordiosa (Vincenzo Pinto/AFP)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 21 de novembro de 2016 às 10h28.

Última atualização em 21 de novembro de 2016 às 10h39.

 

Cidade do Vaticano - O Papa Francisco permitiu que todos os padres possam absolver mulheres do "grave pecado" do aborto, ampliando indefinidamente uma permissão especial que ele havia concedido durante a duração do recentemente encerrado Ano Sagrado da Misericórdia.

Francisco escreveu na Carta Apostólica tornada pública pelo Vaticano nesta segunda-feira que não há pecado que a misericórdia de Deus não possa limpar quando encontra um coração arrependido e em busca de reconciliação.

Por outro lado, o papa também advertiu: "Eu quero ressaltar quão firmemente quanto possa que o aborto é um pecado grave, já que coloca fim a uma vida inocente."

Como a Igreja Católica considera o aborto um pecado grave, ela anteriormente dava a prerrogativa de absolvê-lo a um bispo, que podia conceder esse perdão diretamente ou delegá-lo a um padre especialista nessas situações.

Em 2015, porém, o pontífice permitiu que todos os padres pudessem absolver essa falta durante a duração do Ano Sagrado, que foi de 8 de dezembro de 2015 a 20 de novembro deste ano.

Ao ampliar a duração da permissão, o papa coloca em prática sua visão de uma Igreja misericordiosa. Como ele já escreveu no passado, há mulheres que não têm alternativa a não ser tomar "esta decisão angustiante e dolorosa".

Em sua mensagem divulgada hoje, o papa recomendou: "Possa todo padre, de agora em diante, ser um guia, apoio e conforto para os penitentes nesta jornada de especial reconciliação" para os fiéis que fizeram abortos.

Fonte: Associated Press.

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