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Papa cita países em crise e pede esforços em mensagem no Domingo de Páscoa

O papa pediu "responsabilidade política aos que precisam trabalhar para pôr fim às injustiças sociais" e se posicionou contra a corrida armamentística

Vaticano: o papa falou sobre a crise que continua e se agrava na Venezuela (Handout/Reuters)

Vaticano: o papa falou sobre a crise que continua e se agrava na Venezuela (Handout/Reuters)

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EFE

Publicado em 21 de abril de 2019 às 10h43.

Cidade do Vaticano — O papa Francisco lembrou neste domingo, em mensagem por ocasião do Domingo de Páscoa, dos diversos problemas vividos em países do mundo, como Venezuela, Síria, Nicarágua, Sudão e Ucrânia, e pediu sabedoria, responsabilidade e esforços das autoridades para colocar fim a essas crises.

"Que a alegria da Ressurreição encha os corações de todos os que no continente americano sofrem com as consequências de situações políticas e econômicas difíceis. Penso em particular no povo venezuelano: em tantas pessoas carentes das condições mínimas para levar uma vida digna e segura, devido a uma crise que continua e se agrava", disse Francisco.

"Que o senhor conceda responsabilidade política aos que precisam trabalhar para pôr fim às injustiças sociais, aos abusos e à violência, e para tomar medidas concretas que permitam sanar as divisões e dar à população a ajuda necessária", acrescentou.

Sobre a Nicarágua, Francisco pediu que as autoridades sigam se esforçando "para encontrar o mais rápido possível uma solução pacífica e negociada em benefício de todos os nicaraguenses".

O pontífice centrou sua mensagem de Páscoa na importância de garantir a paz no mundo.

Francisco pediu à comunidade internacional que acabe com "a corrida armamentística e com a propagação preocupante das armas, especialmente nos países mais avançados economicamente", e também pediu medidas para os indefesos, os pobres, os desempregados e os marginalizados.

Além disso, o papa se referiu à Síria, onde o povo é "vítima de um conflito que continua e ameaça cair na resignação e inclusive na indiferença".

"Por outro lado, é hora de renovar o compromisso a favor de uma solução política que responda às justas aspirações de liberdade, de paz e de justiça, aborde a crise humanitária e favoreça o regresso seguro das pessoas deslocadas, assim como dos que se refugiaram em países vizinhos, especialmente no Líbano e na Jordânia", ressaltou.

Sobre o Oriente Médio, lamentou que a região sofra "contínuas divisões e tensões", desejou que israelenses e palestinos busquem juntos "um futuro de paz e estabilidade" e criticou o conflito no Iêmen, onde especialmente as crianças sofrem com as consequências da fome e da guerra.

Francisco desejou que "as armas deixem de ensanguentar a Líbia, onde nas últimas semanas pessoas indefesas morreram e muitas famílias foram obrigadas a deixar seus lares" e pediu às partes envolvidas que encontrem uma solução dialogada que ponha fim à instabilidade política.

O papa também pediu que a paz e a reconciliação reine na África, em países como Burkina Faso, Mali, Níger, Nigéria, Camarões e Sudão do Sul, e dirigiu um pensamento especial ao Sudão, "que está atravessando um momento de incerteza política".

Finalmente, Francisco pediu que a Ucrânia, "que segue sofrendo com um conflito ainda em curso, encontre consolo nesta Páscoa".

Antes, o papa presidiu a missa do Domingo de Ressurreição desde a Praça São Pedro.

A praça ficou decorada com milhares de flores procedentes da Holanda, como ocorre desde 1985, ano no qual um florista holandês decidiu realizar esta oferenda floral ao Vaticano a cada Domingo de Ressurreição.

Neste ano, foram disponibilizadas 55 mil flores e plantas, entre elas, 25 mil tulipas brancos, vermelhos e amarelas; 7 mil narcisos amarelos e brancos, 6 mil jacintos azuis e brancos e 1,5 mil flores de Estrelítzia (Ave do Paraíso).

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