Mundo

Papa canoniza 30 mártires brasileiros

Papa também canonizou três adolescentes mexicanos convertidos no século XVI, um espanhol e um italiano

Papa na saída da missa: mártires brasileiros foram assassinados por calvinistas holandeses no século XVII. (Alessandro Bianchi/Reuters)

Papa na saída da missa: mártires brasileiros foram assassinados por calvinistas holandeses no século XVII. (Alessandro Bianchi/Reuters)

A

AFP

Publicado em 15 de outubro de 2017 às 09h58.

Última atualização em 15 de outubro de 2017 às 10h14.

O papa Francisco canonizou neste domingo 35 pessoas, incluindo 30 mártires assassinados no Brasil no século XVII por calvinistas holandeses, três adolescentes mexicanos convertidos no século XVI, um espanhol e um italiano.

As canonizações são o reflexo da violenta história da evangelização na América Latina, que teve início no estado brasileiro do Rio Grande do Norte em 1597 com os missionários jesuítas e os padres procedentes do reino católico de Portugal.

Mas nas décadas seguintes, a chegada de holandeses calvinistas gerou perseguições contra os católicos.

Os padres André de Soveral e Ambrosio Francisco Ferro, assim como 28 companheiros laicos - incluindo um francês - canonizados neste domingo foram os primeiros mártires do Brasil, assassinados por índios e soldados holandeses durante dois massacres em 1645 em Cunhaú e Uruaçu.

Estes mártires, homens, mulheres e índios, beatificados em 2000 por João Paulo II, morreram de maneira violenta, alguns deles com os corações arrancados após torturas e mutilações, segundo os historiadores.

Os novos santos mexicanos Cristóbal, Antonio e Juan, adolescentes assassinados por sua fé entre 1527 e 1529, haviam recebido uma formação com os primeiros missionários franciscanos procedentes da Espanha.

O jovem Cristóbal tentou converter o pai, que o matou - o jovem tinha 13 anos - a pauladas quando retornava da escola franciscana.

Antonio e Juan aceitaram acompanhar como intérpretes em 1529 missionários dominicanos à região de Oaxaca, sul do México. Os dois jovens foram assassinados por índios quando ajudavam os missionários a destruir representações de ídolos dos indígenas.

Também foram canonizados um italiano e um espanhol.

Faustino Miguez (1831-1925), nascido na Galícia, noroeste da Espanha, dedicou sua vida ao ensino. O italiano Antonio Falcone (1669-1724) foi um padre itinerante que percorreu o sul da Itália. Foi beatificado em 1825.

Acompanhe tudo sobre:Papa FranciscoReligiãoVaticano

Mais de Mundo

Hamas diz a Netanyahu que expandir ofensiva em Gaza 'não será fácil' e preço 'será alto'

Governo dos EUA deixa aberta possibilidade de sancionar China por comprar petróleo russo

Milionário morre ao levar chifrada de búfalo durante caça na África do Sul

FBI vai se aliar ao Texas para localizar congressistas democratas que deixaram o estado