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Papa beatifica 124 mártires em frente a uma multidão em Seul

Mártires são da primeira geração de vítimas da perseguição religiosa no país durante os séculos XVIII e XIX

Papa Francisco cumprimenta católicos na praça de Gwanghwamun, em Seul (Issei Kato/Reuters)

Papa Francisco cumprimenta católicos na praça de Gwanghwamun, em Seul (Issei Kato/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 15 de agosto de 2014 às 22h51.

Seul - O papa Francisco celebra neste sábado uma cerimônia de beatificação de 124 mártires coreanos no centro de Seul com a presença de centenas de milhares de pessoas, no principal evento de seu terceiro dia de visita à Coreia do Sul.

O pontífice começou uma missa às 10h locais (22h de Brasília da sexta-feira) ao ar livre na emblemática praça de Gwanghwamun para beatificar os mártires, todos eles da primeira geração de vítimas da perseguição religiosa no país durante os séculos XVIII e XIX.

Francisco é acompanhado na celebração pelo arcebispo de Seul, Yeom Soo-jeong, e o cardeal Pietro Parolin, secretário de Estado do Vaticano.

Frente às autoridades religiosas, posicionadas ao longo de mais de 500 metros entre a Prefeitura e o histórico palácio de Gyeongbok, se concentravam os 170 mil convidados para a cerimônia, mas a polícia calcula que até 1 milhão de pessoas podem comparecer hoje ao centro de Seul para ver o papa.

Antes da cerimônia, Francisco desfilou pela ampla avenida de Sejong-daero até a praça de Gwanghwamun, onde foi montado o altar provisório para a beatificação dos mártires.

Entre os convidados estão cerca de 400 parentes das vítimas do naufrágio da balsa Sewol, que estão acampados há semanas em Gwanghwamun para protestar contra o governo e exigir uma investigação independente.

Francisco começou o dia com uma breve visita ao Santuário dos Mártires de Seosomun, um lugar histórico no centro da capital onde aconteceram as execuções dos primeiros católicos coreanos.

A viagem de cinco dias do líder da Igreja Católica à Coreia do Sul, que abriga 5,4 milhões de fiéis dessa religião, é considerada histórica por ser a primeira de um papa ao país em 25 anos e a primeira em duas décadas para o leste da Ásia.

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