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Papa aprova 1º passo para a beatificação do diácono brasileiro João Luiz Pozzobon

Pozzobon ficou viúvo duas vezes e teve sete filhos e durante toda sua vida, demonstrou sua vocação para a oração e a fé

Papa Leão XIV durante sua primeira oração do Reginal Caeli na principal galeria central da Basílica de São Pedro no Vaticano. (Tiziana FABI/AFP)

Papa Leão XIV durante sua primeira oração do Reginal Caeli na principal galeria central da Basílica de São Pedro no Vaticano. (Tiziana FABI/AFP)

EFE
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Agência de Notícias

Publicado em 20 de junho de 2025 às 09h45.

O papa Leão XIV aprovou nesta sexta-feira, 20,  o decreto que reconhece as "virtudes heroicas" do brasileiro João Luiz Pozzobon, diácono permanente, pai de família e membro destacado do Movimento Apostólico de Schoenstatt (Alemanha).

O pontífice recebeu o prefeito do Dicastério para as Causas dos Santos, Marcello Semeraro, e assinou diversos decretos, entre eles o de Pozzobon, que nasceu em 12 de dezembro de 1904, no município de Cachoeira do Sul (RS), e faleceu em Santa Maria (RS) em 27 de junho de 1985.

O caminho para a santidade tem várias etapas: a primeira é ser declarado "Venerável Servo de Deus", título dado a uma pessoa falecida que é reconhecida por ter "vivido as virtudes de maneira heroica", a segunda, beato, e a terceira, santo.

Para que uma pessoa venerável seja beatificada, um milagre deve ter ocorrido por sua intercessão, e para que seja canonizada ou santificada, um segundo milagre realizado por sua intercessão é necessário após ser proclamada beato.

Pozzobon, nascido em uma família de forte tradição religiosa, descendente de imigrantes italianos, ficou viúvo duas vezes e teve sete filhos e durante toda sua vida, demonstrou sua vocação para a oração e a fé, conforme indicado pelo Vaticano em sua biografia.

Sua vida tomou um rumo decisivo quando conheceu o Movimento de Schoenstatt, que havia enviado as primeiras irmãs missionárias para a América Latina após a Segunda Guerra Mundial, e ingressou nele em 1950, iniciando uma intensa atividade apostólica.

Em 1º de fevereiro de 1959, criou a "Campanha da Oração do Rosário", uma iniciativa inovadora que envolvia o uso de "Pequenas Madonas Peregrinas", imagens que eram levadas a grupos de famílias que, por sua vez, as acolhiam em suas casas, promovendo a oração e a comunhão espiritual.

O Servo de Deus estendeu essa missão a hospitais, prisões, locais de trabalho e escolas, visitando cerca de 300 lugares por ano e continuando esse trabalho por 35 anos, percorrendo aproximadamente 140 mil quilômetros a pé.

Em 1954, fundou a Vila Nobre da Caridade, um centro com 14 casas para oferecer moradia gratuita aos pobres.

Ordenado diácono permanente em 1972, faleceu na madrugada de 27 de junho de 1985, em Santa Maria (RS), atropelado por um ônibus a caminho de uma das missas que frequentava diariamente.

Sua fama de santidade, já presente em vida, se espalhou para além do estado do Rio Grande do Sul, e as peregrinações instituídas pelo Servo de Deus continuam acontecendo não apenas no Brasil, mas também na Argentina, acrescenta o Vaticano.

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