Papa Francisco e a presidente da Argentina: almoço neste sábado (Reuters)
Da Redação
Publicado em 20 de setembro de 2014 às 13h10.
O papa Francisco e a presidente da Argentina, Cristina Kirchner, almoçaram neste sábado no Vaticano, um convite do pontífice em um momento delicado para seu país, asfixiado por problemas financeiros e em plena disputa com os fundos especulativos.
Kirchner, de 61 anos, foi convidada especialmente há 10 dias pelo papa Francisco para almoçar na residência do pontífice dentro do Vaticano, a Casa Santa Marta.
A presidente argentina chegou às 12H30 locais (7H30 de Brasília) ao Vaticano, vestida com roupa preta, apesar do calor asfixiante em Roma, onde foi recebida pelo prefeito da Casa Pontifícia, Georg Ganswein.
Antes do almoço, a presidente cumpriu a tradição de trocar presentes com o papa, que recebeu, entre outras coisas, duas pinturas a óleo, uma com um retrato moderno de Francisco e outra de Eva Perón.
Também entregou uma cópia da lei aprovada no Congresso durante a semana que declara de interesse nacional a Rede Mundial de Escolas para o Encontro-Scholas, uma iniciativa estimulada pelo então cardeal Jorge Bergoglio, hoje papa Francisco.
Depois de permanecer por três horas no Vaticano, Kirchner partiu para o aeroporto e viajará para Nova York, onde participará na próxima semana da Assembleia Geral da ONU e onde pretende denunciar os ataques dos fundos especulativos à estabilidade financeira mundial.
O convite papal poucos dias antes da reunião da ONU foi interpretado como um claro gesto de apoio de Francisco ao combate de Kirchner.
O papa teve uma atitude de muito carinho com a presidente peronista, a mesma que demonstrou desde que foi eleito pontífice em março de 2013, apesar das divergências do passado, quando era arcebispo de Buenos Aires.
Este foi o terceiro almoço entre o papa e Kirchner, o que faz da presidente argentina a governante com mais audiências com o chefe da Igreja Católica.