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Panetta pede à China para ampliar laços militares com os EUA

Segundo o secretário de Defesa americano, essa ampliação evitaria mal-entendidos

Panetta (L) ao lado do colega chinês, Liang Guanglie: o americano busca contribuir para diminuir a tensão entre Pequim e Tóquio, envolvidos em uma disputa territotial (Larry Downing-Pool/Getty Images)

Panetta (L) ao lado do colega chinês, Liang Guanglie: o americano busca contribuir para diminuir a tensão entre Pequim e Tóquio, envolvidos em uma disputa territotial (Larry Downing-Pool/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 18 de setembro de 2012 às 11h45.

Pequim - O secretário de Defesa dos Estados Unidos, Leon Panetta, pediu nesta terça-feira à China para ampliar os laços militares com seu país para evitar mal-entendidos que possam degenerar em um confronto, quando Pequim e Tóquio vivem um tenso embate diplomático pela soberania das ilhas Diaoyu (nome dado pela China, Senkaku para o Japão).

Panetta, que está em Pequim, se reuniu hoje com o ministro da Defesa chinês, Liang Guanglie, e com o conselheiro de Segurança Nacional, Dai Bingguo.

Entre suas metas está fomentar os laços bilaterais e retirar as suspeitas de que a China sente perante a estratégia dos EUA, que procura fazer da região da Ásia-Pacífico sua principal prioridade em política externa.

O responsável do Pentágono, que chegou à capital chinesa procedente do Japão, busca também contribuir para diminuir a tensão entre Pequim e Tóquio em sua disputa pela soberania das ilhas Diaoyu/Senkaku, que levantou as piores manifestações antinipônicas em anos na República Popular da China.

Em declarações durante a reunião com Liang, o responsável do Pentágono declarou que a meta é que EUA e China estabeleçam a relação bilateral mais importante do mundo, e o segredo para isso é estabelecer uma forte relação entre os respectivos estamentos militares.

O secretário de Defesa, em sua primeira visita a Pequim à frente do Pentágono, insistiu que os EUA procuram manter uma relação estável, saudável e contínua com a China.


Por sua parte, Liang expressou a esperança de que a visita contribua para promover laços estáveis e saudáveis entre EUA e China.

O ministro indicou que em seu encontro a portas fechadas ambas as partes trocaram pontos de vista em questões de interesse comum e chegaram a certo consenso, embora não tenha dado mais detalhes.

Em declarações posteriores à imprensa, Liang confirmou que tratou com seu par americano a questão das ilhas Diaoyu/Senkaku.

O secretário de Defesa dos EUA assegurou que seu país mantém uma posição neutra no conflito.

No entanto, o Japão sustenta que o Governo dos EUA está de acordo em que seu tratado de segurança bilateral inclui também o arquipélago em disputa.

O secretário de Defesa dos EUA deve se reunir nesta quarta-feira com o vice-presidente chinês, Xi Jinping, que no sábado reapareceu após duas semanas de ausência da vida pública sem explicação oficial. 

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