EXAME.com (EXAME.com)
Da Redação
Publicado em 3 de janeiro de 2014 às 07h36.
Cidade do Panamá - O presidente do Panamá irá viajar à Itália e à Espanha em busca de ajuda para resolver a disputa de US$ 1,6 bilhão que ameaça paralisar a expansão do Canal do Panamá.
O grupo responsável pela maior parte da expansão emitiu na quarta-feira um ultimato de 21 dias à Autoridade do Canal do Panamá para pagar o custo adicional de US$ 1,6 bilhão que o projeto incorreu. A autoridade diz que o grupo é responsável pelos custos da obra.
O consórcio, intitulado Grupo Unidos por el Canal, é formado pela espanhola Sacyr Vallehermoso, pela italiana Impregilo, pela belga Jan De Nul e pela panamenha Constructora Urbana. O grupo venceu o contrato em 2009, com uma oferta de US$ 3,2 bilhões para construir três diques adicionais, para que o canal receba embarcações maiores.
O presidente do Panamá, Ricardo Martinelli, disse que a Itália e a Espanha "têm uma responsabilidade moral" para ajudar a resolver a disputa entre as empresas e o Panamá. O Panamá estimou que a expansão total custará US$ 5,2 bilhões, com novos diques. As autoridades afirmaram que o trabalho deve ser concluído até junho de 2015 e que a expansão total está 72% concluída.
Ligações à sede da Sacyr não foram respondidas, mas o porta-voz Pedro Alonso, falando à rádio espanhola SER Radio, disse que o trabalho está sendo feito no máximo dos padrões técnicos e tudo que foi feito foi necessário.
O jornal espanhol El Pais publicou na quinta-feira que uma análise confidencial da norte-americana Bechtel, que perdeu a oferta pelo projeto do canal e cujo documento foi vazado pela embaixada dos EUA, avaliou a oferta da Sacyr como irreal, dizendo que o valor proposto mal pagaria pelo concreto da obra. Fonte: Associated Press.