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Panamá leiloará 10 mil toneladas de açúcar achadas em navio

Leiloar o açúcar está de acordo com os requerimentos de lei local. Só falta agora a autorização do juiz responsável pelo caso, explicou o Ministério Público

EXAME.com (EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 5 de fevereiro de 2014 às 19h05.

Panamá - O Ministério Público (MP) do Panamá leiloará as dez mil toneladas de açúcar que escondiam arsenal cubano não declarado, transportado por uma embarcação norte-coreano, informou nesta quarta-feira o porta-voz do MP.

Leiloar o açúcar está de acordo com os requerimentos de lei local, só falta agora a autorização do juiz responsável pelo caso, explicou o MP.

O leilão foi anunciado na terça-feira pela procuradora geral Ana Belfon, após participar de uma atividade na comunidade de Penonomé, no centro do país, onde estão armazenados os mais de 200 mil sacos de açúcar.

"Chegou para nós o aval do Ministério da Economia e Finanças e vamos proceder com o leilão do açúcar", disse Belfon aos jornalistas, sem mais informações.

Segundo o código Processual Penal do Panamá, a instituição responsável da custódia do bem pode proceder a sua venda, sempre e quando se trate de um produto que possa "se perder ou deteriorar e com um aval prévio.

O governo do Panamá mantém retida a embarcação norte-coreana "Chong Chon Gang" desde julho, quando foi revisada sob a suspeita de estar carregando drogas. Mas o que foi encontrado foi armamento cubano escondido embaixo da matéria prima, que depois a ilha caribenha admitiu que pertencia a ela.

As armas, entre elas plataformas de mísseis, dois aviões Mig-21 Bis, motores novos da aeronave e outros equipamentos foram desembarcadas e transferidas para hangares perto da capital panamenha.

Uma fonte da Autoridade do Canal do Panamá (ACP) afirmou nesta quarta-feira a Agência Efe que as autoridades norte-coreanas ainda não pagaram os US$ 670 mil de multa por tentar passar no canal com uma embarcação com carga não declarada.


Os 35 tripulantes norte-coreanos ainda estão detidos em uma base aeronaval da polícia panamenha, 32 deles aguardando serem repatriados e outros três acusados de atentar contra a segurança pública, crime passível de até 12 anos de prisão.

"Ainda estão sendo verificados documentos, entre eles o passaporte, e depois se passará aos trâmites para a repatriação", disse a fonte de Migração consultada.

O destino das armas está nas mãos do Conselho de Segurança Nacional do Panamá, que ainda não decidiu o que fazer.

Pelo caso do barco norte-coreano com armas cubanas não declaradas Panamá apelou à ONU, e em agosto uma equipe de especialistas do Conselho de Segurança chegou ao país para inspecionar o arsenal.

A equipe das Nações Unidas disse em um relatório preliminar que o caso do navio norte-coreano violava as resoluções que impedem Pyongyang importar ou exportar armamento de qualquer tipo, informou Panamá em 28 de agosto.

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