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Panamá anuncia retomada de relações consulares com Venezuela

Relações foram restabelecidas mais de dois meses depois que o presidente Maduro acusou o país de se intrometer em assuntos internos


	Nicolás Maduro: venezuelano se incomodou com Martinelli depois que o panamenho pediu uma reunião da OEA para discutir a violência durante os protestos
 (Carlos Garcia Rawlins/Reuters)

Nicolás Maduro: venezuelano se incomodou com Martinelli depois que o panamenho pediu uma reunião da OEA para discutir a violência durante os protestos (Carlos Garcia Rawlins/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 19 de maio de 2014 às 21h40.

Cidade do Panamá - O Panamá anunciou nesta segunda-feira a sua decisão de restabelecer as relações consulares com a Venezuela nos próximos dias, mais de dois meses depois que o presidente Nicolás Maduro rompeu relações diplomáticas e econômicas com o país centro-americano ao qual acusou de se intrometer em assuntos internos.

O Ministério das Relações Exteriores do Panamá afirmou que a decisão ocorreu "em atenção à proposta formulada pelo governo da República Bolivariana da Venezuela de retomar as relações consulares em Caracas".

"Demos início à troca das notas correspondentes para começar a atividade consular... tal abertura ocorrerá nos próximos dias", acrescentou a chancelaria em um comunicado.

O ministério panamenho acrescentou que o governo da Venezuela comunicou a sua intenção de reabrir seus consulados na Cidade do Panamá para atender aos cidadãos venezuelanos que moram no Panamá, que foram afetados pela crise diplomática entre os dois países desde 5 de março.

Maduro se incomodou com o governo de Ricardo Martinelli depois que o presidente panamenho pediu uma reunião da Organização dos Estados Americanos (OEA) para discutir a violência durante os protestos antigovernamentais na Venezuela, que deixaram dezenas de mortos.

Durante a ruptura das relações, a Costa Rica ficou responsável pelo atendimento consular aos panamenhos residentes na Venezuela.

Pelo menos 50.000 venezuelanos moram no Panamá, segundo dados de 2012. Muitos chegaram àquele país em busca de emprego, para investir na dinâmica economia panamenha, por não concordar com o governo do falecido líder Hugo Chávez ou pela deterioração da economia.

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