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Palocci se desculpa por mensagem enviada por engano

Um incidente no computador do Planalto provocou a demissão de Luiz Azevedo, subchefe de Assuntos Parlamentares da Secretaria de Relações Institucionais

Antonio Palocci telefonou ontem para os ex-ministros e se desculpou pelo episódio (Fábio Rodrigues Pozzebom/ABr)

Antonio Palocci telefonou ontem para os ex-ministros e se desculpou pelo episódio (Fábio Rodrigues Pozzebom/ABr)

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Da Redação

Publicado em 19 de maio de 2011 às 15h56.

São Paulo - Uma mensagem enviada por engano, de computador do Planalto, para deputados e senadores levou o ministro-chefe da Casa Civil, Antonio Palocci, a telefonar ontem para ex-ministros e ex-presidentes do Banco Central (BC) - alguns deles do governo Fernando Henrique Cardoso - e pedir desculpas. Além disso, a trapalhada provocou a demissão de Luiz Azevedo, subchefe de Assuntos Parlamentares da Secretaria de Relações Institucionais, comandada por Luiz Sérgio.

O texto no qual Palocci justificava seu patrimônio e argumentava que a passagem pelo governo proporciona uma "experiência única" para valorizar os profissionais no mercado, citando exemplos de tucanos, era um tipo de relatório reservado. Foi produzido pelo jornalista Thomas Traumann, assessor especial de Palocci, como subsídio para a articulação política do governo orientar a defesa, no Congresso, do ministro.

Azevedo, porém, enviou a mensagem pelo Sistema de Informações Parlamentares (Supar), que segue para todas as assessorias da Esplanada. O e-mail foi parar nas mãos não apenas de líderes do PT e de outros partidos da base, mas também da oposição. A nota citava ex-presidentes do Banco Central e do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), como Henrique Meirelles, Armínio Fraga, Persio Arida e André Lara Resende, e ex-ministros da Fazenda (Pedro Malan e Maílson da Nóbrega) como exemplos de autoridades que se tornaram consultores.

Aborrecido, Palocci telefonou ontem para os ex-ministros e se desculpou pelo episódio. Disse não ter tido a intenção de causar constrangimento, mas apenas de esclarecer que profissionais com trajetória no governo são prestigiados pelo mercado. Tanto Malan como Armínio, Arida e Lara Resende trabalharam no governo Fernando Henrique.

'Convite irrecusável'

Na tentativa de conter o desgaste com a saída de Luiz Azevedo, a Secretaria de Relações Institucionais divulgou a carta de "demissão" do assessor. Nela, o petista afirma que recebeu "convite irrecusável" para assumir o cargo de superintendente da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), em Brasília. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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